O Irã atacou bases americanas no Catar e no Iraque, mas a resposta foi considerada fraca, o que fez os preços do petróleo caírem quase 9%. O barril do Brent está a 70,14 dólares e o WTI a 67,21 dólares. Especialistas acreditam que o Irã está militarmente enfraquecido, o que mudou as expectativas do mercado. A possibilidade de fechar o estreito de Ormuz, importante para o transporte de petróleo, é vista como improvável, pois isso afetaria a China, que compra muito petróleo do Irã. A Europa, que é neutra, pode se opor ao Irã se suas ações causarem uma crise global. Além disso, os estoques de petróleo estão altos, com a produção superando a demanda em 8 milhões de barris por dia, e mesmo que a produção do Irã, que é de 4 milhões de barris, parasse, o mercado ainda teria petróleo suficiente.
O Irã retaliou recentemente bombardeando bases americanas no Catar e no Iraque, mas a resposta foi considerada fraca. Essa reação levou a uma queda significativa nos preços do petróleo, com o Brent recuando quase 9%, cotado a US$ 70,14 em Londres, enquanto o WTI estava abaixo de US$ 70, também com queda de 9%, a US$ 67,21.
Especialistas afirmam que a percepção de um Irã militarmente enfraquecido reverteu as expectativas do mercado. O professor Edmar Fagundes de Almeida, do departamento de Energia da PUC do Rio, destacou que relatórios de segurança global indicam a fragilidade militar do país. A possibilidade de fechamento do estreito de Ormuz, vital para o transporte de 20% do petróleo mundial, é vista como improvável, já que a China, grande cliente do petróleo iraniano, poderia ser afetada.
A situação é ainda mais complexa, pois a Europa, que mantém uma postura neutra, poderia se opor ao Irã caso suas ações resultem em uma crise inflacionária global. O presidente de uma petroleira alertou que um fechamento do estreito geraria uma coalizão contra o Irã.
Além disso, os estoques globais de petróleo estão elevados. Um relatório da Agência Internacional de Energia revela que a produção supera a demanda em 8 milhões de barris por dia. Países como Guiana, Estados Unidos e Brasil têm contribuído para esse aumento. Mesmo que a produção iraniana, atualmente em 4 milhões de barris, fosse interrompida, o mercado continuaria abastecido.