24 de jun 2025


Petróleo em alta pressiona inflação e afeta economia brasileira diretamente
Tensões no Oriente Médio podem elevar preços do petróleo, impactando economia global e receitas da Petrobras. Situação requer atenção imediata.

Petróleo (Foto: dabldy/Getty Images)
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O conflito entre Irã e EUA continua a gerar incertezas no mercado de petróleo, especialmente com o risco de fechamento do Estreito de Ormuz, uma rota vital para o transporte da commodity. Recentemente, Donald Trump anunciou um cessar-fogo entre Israel e Irã, mas as tensões permanecem elevadas.
De acordo com o Goldman Sachs e o JPMorgan, a volatilidade nos preços do petróleo deve aumentar. O Goldman Sachs alertou que, se a produção iraniana for interrompida, o preço do Brent pode subir significativamente. Se o fornecimento iraniano cair em 1,75 milhão de barris por dia, o preço pode alcançar US$ 90 por barril. Em um cenário mais drástico, com uma redução de 50% no fluxo pelo Estreito de Ormuz, o preço poderia chegar a US$ 110.
Para o Brasil, um aumento nos preços do petróleo pode trazer benefícios econômicos. O país, um dos maiores exportadores de petróleo, pode se tornar uma alternativa para países como a China, que buscam novos fornecedores. Leonardo Paz, pesquisador da FGV, destacou que a alta nos preços pode aumentar as receitas da Petrobras. Contudo, o Brasil também importa combustíveis e gás natural liquefeito, o que pode elevar os custos internos.
Impactos Econômicos
A pressão inflacionária é uma preocupação, especialmente com a inflação já elevada. Em junho, o IPCA subiu 0,26%, acumulando alta de 5,32% nos últimos 12 meses. O fechamento do estreito pode afetar as exportações brasileiras, especialmente no setor agropecuário, dificultando o acesso a mercados importantes no Oriente Médio.
O JPMorgan estima que há 21% de chance de o conflito interromper a produção de energia no Golfo Pérsico, o que poderia elevar os preços do petróleo em até 75%. Essa instabilidade pode gerar um efeito dominó, afetando a confiança dos investidores e elevando os custos do crédito.
Os grandes bancos já refletem o risco geopolítico nos preços, com uma alta de cerca de 14% desde junho. Apesar das incertezas, a produção de petróleo no Irã e em outros países do Golfo Pérsico aumentou, resultando em um excesso de oferta que pode pressionar os preços para baixo. A situação continua a ser monitorada de perto, com o mercado aguardando os próximos desdobramentos do conflito.
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