Conflito entre Rússia e Otan pode gerar prejuízo de US$ 1,5 trilhão à economia global

Uma possível guerra entre a Rússia e a OTAN pode causar um impacto econômico global significativo, segundo uma análise da Bloomberg. A reportagem estima que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial poderia cair 1,3% no primeiro ano do conflito, resultando em perdas de US$ 1,5 trilhão.

A Rússia continua a investir em armamentos, aumentando sua capacidade militar, mesmo sem a possibilidade de enfrentar duas frentes de guerra simultaneamente. O presidente Vladimir Putin reafirmou suas ambições territoriais, considerando russos e ucranianos como um só povo. A expansão do conflito para países da OTAN, como Estônia, Letônia e Lituânia, é vista como uma possibilidade, com esses países podendo sofrer perdas de até 43% em suas economias no primeiro ano.

Impactos Econômicos

Os efeitos imediatos de uma guerra seriam devastadores, incluindo destruição em áreas de combate, interrupção do fornecimento de energia e instabilidade nos mercados financeiros. A União Europeia poderia enfrentar uma contração de 1,2% em seu PIB, mesmo com esforços para aumentar os gastos militares. Países como Finlândia, Suécia, Polônia e Alemanha também veriam quedas significativas em suas economias.

Analistas alertam que a Rússia já produz munição em volume quatro vezes maior que a da OTAN, aumentando o risco de uma ação militar antes que o Ocidente possa reagir adequadamente. O Reino Unido poderia ter uma perda de 0,2% no PIB, enquanto os Estados Unidos enfrentariam uma queda de 0,7% devido à instabilidade financeira.

Cenários Alternativos

A Bloomberg também considerou um cenário otimista, onde um acordo entre Rússia e Ucrânia, com apoio internacional, poderia elevar o PIB europeu e russo em 0,5% e o mundial em 0,3%. No entanto, a confiança em um retorno à normalidade nas relações com Moscou é baixa.

A OTAN já planeja aumentar seus gastos com defesa para 3,5% do PIB, com países da linha de frente superando essa meta. O ex-chanceler lituano Gabrielius Landsbergis destacou que a situação atual é preocupante e pode rapidamente escalar para um conflito mais sério.