Economia

IA pode gerar US$ 429 bilhões para o PIB do Brasil com qualificação profissional

A Accenture estima que a inteligência artificial pode impulsionar o PIB brasileiro em até US$ 429 bilhões até 2038, com foco na requalificação da força de trabalho.

Ganhos de produtividade com IA dependem de adoção que gere qualificação de mão de obra (Foto: Fernando Donasci)

Ganhos de produtividade com IA dependem de adoção que gere qualificação de mão de obra (Foto: Fernando Donasci)

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A adoção da inteligência artificial (IA) no Brasil pode gerar um impacto significativo na economia, com a consultoria Accenture projetando um acréscimo de até US$ 429 bilhões no PIB nacional nos próximos treze anos. Essa estimativa depende da requalificação da força de trabalho e da implementação de estratégias adequadas.

O estudo da Accenture analisou o efeito da IA nas cinco maiores economias da América Latina, incluindo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México. A previsão total para a região é de um aumento de até US$ 1 trilhão no PIB, considerando diferentes cenários de adoção da tecnologia. A pesquisa avaliou mais de 19 mil tarefas em cerca de 900 ocupações em 19 setores da economia.

Cenários de Adoção da IA

Três cenários foram simulados: no primeiro, denominado "centrado em pessoas", a adoção da IA ocorre de forma gradual em um ciclo de dez anos, com foco na capacitação profissional. O segundo, "agressivo", prevê uma implementação rápida em cinco anos, mas sem priorizar a qualificação, resultando em ganhos menores. O terceiro, "cauteloso", sugere uma adoção lenta ao longo de quinze anos, com impactos modestos.

Daniel Lázaro, líder de Dados e IA da Accenture na América Latina, destaca que os maiores benefícios só serão alcançados com investimentos consistentes em capacitação. O Brasil, que ocupa a 11ª posição global em investimentos em IA, poderia ver um aumento de produtividade entre 11% e 17% até 2038. No entanto, a região ainda responde por apenas 3% dos gastos globais em IA.

Setores em Destaque

Os setores mais propensos a se beneficiar da IA são aqueles que lidam com grandes volumes de dados, como seguros e finanças. Em contrapartida, áreas com alta intensidade de trabalho físico, como mineração e construção civil, devem enfrentar impactos menores no curto prazo. A Accenture estima que até 39% das horas de trabalho no Brasil poderão ser afetadas pela IA até 2038.

No mercado de capitais, 46% das horas trabalhadas poderiam ter alguma melhoria com a aplicação da IA, enquanto 27% teriam potencial de automação. Já na indústria de bens de consumo, esses percentuais caem para 11% e 14%, respectivamente. A pesquisa enfatiza a importância da requalificação da força de trabalho para maximizar os ganhos econômicos da tecnologia.

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