China promove pacotes de incentivo para aquecer turismo e cultura no verão

Com a chegada das férias de verão, o governo chinês lançou a Temporada Nacional de Consumo Cultural e Turístico de Verão, que ocorrerá de julho a agosto de 2025. O programa, promovido pelo Ministério da Cultura e Turismo, conta com mais de 4.300 iniciativas e 39 mil eventos em todo o país, visando estimular a economia local.

O evento, inaugurado em 30 de junho em Qingdao, tem como tema “Cultura e Turismo para o Povo — Compartilhando uma Vida Melhor”. Durante a temporada, os consumidores poderão aproveitar incentivos como cupons de desconto, ingressos promocionais e campanhas de cashback. O governo destinará RMB 570 milhões em subsídios para impulsionar a demanda durante as férias.

Iniciativas Locais

Cidades como Xangai e Pequim já implementaram suas próprias iniciativas. O “Festival da Vida Noturna 66” em Xangai, que se estende até setembro, oferece 130 atividades temáticas. Em Pequim, a campanha “Let’s Beijing · Noites em Pequim 2.0” busca diversificar o consumo noturno. Yunnan também se destaca, com mais de 3.100 eventos culturais públicos programados.

A distribuição de cupons se tornou uma ferramenta essencial para estimular o consumo. Regiões como Guangdong, Jiangxi e Hainan lançaram cupons voltados para serviços de cuidado infantil. Em Guangdong, vouchers de experiência são oferecidos para creches, enquanto em Hainan, famílias com crianças pequenas recebem cupons mensais de até RMB 600.

Impacto Econômico

Para Liu Xiangdong, vice-diretor do Departamento de Pesquisa Econômica do Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China, essas medidas têm um impacto imediato, ativando economias locais e promovendo um ciclo de crescimento econômico. Dados do Escritório Nacional de Estatísticas mostram que, em maio, o consumo liderou o crescimento econômico, com um aumento de 6,4% nas vendas do varejo, o maior desde o início do ano.

Desde março, Pequim tem adotado políticas focadas no bem-estar da população. Em junho, diretrizes foram publicadas para abordar questões urgentes em áreas como habitação e previdência. Especialistas sugerem que, para o segundo semestre, é crucial aumentar a renda disponível da população, com foco em áreas como educação e saúde.