03 de jul 2025

Comunidade internacional se une em Sevilla contra ataques ao multilateralismo
Cúpula da ONU aprova 130 medidas para combater a crise de dívida global, destacando a união de líderes em meio a tensões geopolíticas.

O presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, durante o ato de clausura da quarta conferência para a financiamento e desenvolvimento da ONU celebrada em Sevilla. (Foto: PACO PUENTES)
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A cúpula de financiamento do desenvolvimento da ONU, realizada em Sevilla, resultou na aprovação de 130 medidas concretas para enfrentar a crise de dívida global. O evento, que contou com a presença de mais de cinquenta líderes mundiais, foi elogiado pelo economista Joseph Stiglitz, que destacou a importância das iniciativas para aliviar a dívida e taxar os superricos.
Durante a cúpula, os participantes discutiram os impactos da pandemia de COVID-19 e da guerra na Ucrânia, além de tensões geopolíticas. A vice-secretária geral da ONU, Amina J. Mohammed, expressou otimismo ao afirmar que, apesar das dificuldades, o encontro gerou um consenso significativo. O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, ressaltou a mensagem de unidade em um mundo dividido.
As medidas aprovadas incluem programas de canje de dívida, uma iniciativa hispano-brasileira para taxar os superricos e a criação do Fórum de Sevilla para países devedores. Stiglitz comparou os resultados de Sevilla com a cúpula anterior em Adís Abeba, afirmando que, enquanto naquela ocasião as discussões foram gerais, agora foram abordadas questões específicas.
A ausência dos Estados Unidos, que não participou das negociações, foi vista como um fator que facilitou o consenso. Stiglitz e outros especialistas acreditam que a falta de pressão americana permitiu que os países se unissem em torno de propostas que atendem às necessidades globais, como a luta contra a crise climática e a promoção da igualdade de gênero.
Entidades como a Oxfam Intermón criticaram a cúpula, afirmando que os países ricos não assumiram suas responsabilidades na crise de dívida. No entanto, Stiglitz defendeu que Sevilla destacou um problema sistêmico que precisa ser abordado, apontando para a necessidade de um novo modelo de financiamento que beneficie os países em desenvolvimento.
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