Economia

Estados Unidos deve manter papel crucial no desenvolvimento global, afirma Cormann

A OCDE destaca a urgência de otimizar recursos e atrair investimentos privados para enfrentar a queda na ajuda ao desenvolvimento.

Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, durante sua entrevista com EL PAÍS, em 1 de julho de 2025, em Sevilha, durante a IV Conferência de financiamento para o desenvolvimento da ONU. (Foto: Alejandro Ruesga)

Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, durante sua entrevista com EL PAÍS, em 1 de julho de 2025, em Sevilha, durante a IV Conferência de financiamento para o desenvolvimento da ONU. (Foto: Alejandro Ruesga)

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A OCDE alerta para queda na ajuda ao desenvolvimento até 2025

Uma semana antes da cúpula em Sevilla, onde líderes de mais de cem países se reuniram para discutir a cooperação e o financiamento do desenvolvimento, a OCDE divulgou previsões alarmantes. A organização estima um retrocesso de 9 a 17% na ajuda oficial ao desenvolvimento até 2025.

O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, expressou otimismo, apesar dos desafios. Ele destacou a necessidade de otimizar recursos e mobilizar investimentos privados, especialmente em nações vulneráveis. "Precisamos fazer com que cada dólar conte", afirmou Cormann em entrevista.

Durante a cúpula, Cormann elogiou o compromisso da Espanha com o multilateralismo e sua meta de destinar 0,7% do PIB à cooperação, embora atualmente esteja em 0,25%. Ele acredita que o país está fazendo o máximo possível e que, se houver oportunidade, fará mais.

Desafios financeiros e mobilização de recursos

A OCDE também alertou que, sem reformas na arquitetura financeira internacional, o déficit de financiamento do desenvolvimento pode aumentar de 4 trilhões para 6,4 trilhões de dólares até 2030. Cormann enfatizou a importância de aumentar a pressão fiscal nos países de baixa renda, que atualmente se mantém em torno de 11% do PIB.

Além disso, a OCDE propõe o uso de moeda local para mitigar riscos de endividamento em divisas fortes, que expõem governos e empresas a flutuações cambiais. Essa estratégia pode fortalecer a resistência econômica e apoiar o desenvolvimento a longo prazo.

Cooperação e investimentos na África

A OCDE mantém uma parceria com a União Africana e lançou uma plataforma de investimento que incluirá 10 países africanos inicialmente. O objetivo é apresentar dados que contrabalançam percepções negativas sobre o risco de investimento no continente.

Cormann também ressaltou a necessidade de um marco político claro para equilibrar as restrições à exportação de matérias-primas essenciais, como níquel e cobalto, que são cruciais para a transformação digital e tecnologias sustentáveis. Ele acredita que há uma grande oportunidade para beneficiar os países em desenvolvimento que fornecem esses recursos.

Com a cúpula de Sevilla, a OCDE espera um compromisso mais forte entre os países para enfrentar os desafios da financiamento do desenvolvimento, promovendo um diálogo contínuo e construtivo.

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