03 de jul 2025

Emirados Árabes Unidos mantêm apelo turístico apesar das tensões regionais
Investidores brasileiros podem explorar oportunidades em Dubai, com isenção de impostos e crescimento em setores como turismo e tecnologia.

Pessoas tiram fotos perto de uma placa da Emaar em frente ao Dubai Mall - 15/03/2024 (Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah)
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Dubai se destaca como destino de investimento para brasileiros, mesmo em meio a tensões geopolíticas no Oriente Médio. Especialistas apontam que a combinação de estabilidade política, ambiente regulatório moderno e isenção de impostos sobre ganhos de capital torna a região atrativa. Charluan Gamballe, CEO da GCS Capital, afirma que Dubai se posiciona como um grande hub de negócios, especialmente para investidores brasileiros.
O crescimento econômico robusto da cidade, aliado à neutralidade política, faz dela uma das cidades mais seguras do mundo. Setores como turismo, tecnologia e imóveis estão em rápida expansão, oferecendo retornos atrativos. Gamballe destaca que as empresas locais frequentemente superam os mercados tradicionais em termos de rentabilidade, com menor carga tributária.
Como Investir em Dubai
Investidores com passaporte válido e comprovante de residência podem abrir contas em corretoras internacionais para acessar as bolsas locais. A regulação é feita pela Securities and Commodities Authority (SCA), que garante governança e proteção ao investidor. Não há valor mínimo obrigatório para investimentos, mas para obter o Golden Visa, que garante residência por dez anos, é necessário um aporte de cerca de 2 milhões de Dirhams, equivalente a aproximadamente US$ 550 mil.
A principal bolsa da região, o Dubai Financial Market (DFM), e a Nasdaq Dubai abrigam grandes empresas de infraestrutura e logística. O índice da bolsa subiu quase 10% neste ano, superando o S&P 500. Além disso, empresas locais oferecem dividend yields de até 11%, atraindo investidores em busca de bons retornos.
Renda Fixa e ETFs
Na renda fixa, os títulos conhecidos como sukuks, que seguem a lei islâmica, são destaque. Com rendimento médio entre 3% e 4%, esses títulos são lastreados em dólar, proporcionando uma forma de dolarização. Para investidores que preferem uma abordagem passiva, ETFs com foco no Oriente Médio estão disponíveis, muitos listados em bolsas dos Estados Unidos.
Apesar das oportunidades, é crucial que investidores brasileiros estejam cientes dos riscos. A liquidez do mercado pode ser baixa, limitando saídas rápidas. Além disso, a exposição cambial deve ser considerada, pois os ativos estão indexados ao dólar. Os ganhos obtidos no exterior devem ser declarados ao Fisco brasileiro, seguindo as regras de ambos os países.
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