Economia

Lula defende negociações em moeda local para reduzir dependência do dólar

Lula propõe transações em moedas locais no Mercosul e Brics, visando reduzir a dependência do dólar nas relações comerciais.

O presidente Lula discursa na abertura do 10º encontro de governadores do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics (Foto: Reprodução)

O presidente Lula discursa na abertura do 10º encontro de governadores do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics (Foto: Reprodução)

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As transações em moedas locais estão se tornando uma prioridade para o presidente Lula, que destacou a importância desse tema em sua fala na cúpula do Mercosul e na abertura da 10ª Reunião do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. Cerca de 30% das transações do Brics já ocorrem em moedas locais, o que reflete uma tendência crescente de desdolarização na economia internacional.

A discussão sobre a desdolarização não é recente, mas ganhou força com a política protecionista dos EUA durante o governo Donald Trump. Essa situação gerou descontentamento entre os países, levando a uma busca por alternativas ao dólar nas transações comerciais. A economista Carla Beni, da FGV, explica que a ideia é que países possam realizar importações e exportações utilizando suas moedas locais, eliminando a necessidade de pagamentos em dólares. Isso não apenas reduz custos operacionais, mas também diminui a dependência da moeda americana.

Desafios e Oportunidades

Entretanto, surgem questões sobre a aceitação de moedas menos estáveis, como o peso argentino. Robson Gonçalves, consultor sênior do Ibre FGV, ressalta a necessidade de uma regulação entre os bancos centrais dos países envolvidos. A criação de mecanismos econômicos que garantam a estabilidade das moedas é fundamental para mitigar riscos. Um acordo entre bancos centrais poderia incluir cláusulas de garantia para troca de moedas em caso de flutuações significativas.

O Novo Banco de Desenvolvimento do Brics pode desempenhar um papel crucial nesse cenário, facilitando a conversão de moedas e promovendo swaps cambiais. A hegemonia do dólar, estabelecida após a Segunda Guerra Mundial, está sendo questionada em um mundo cada vez mais multipolar, onde Estados Unidos, União Europeia, China e Rússia se destacam como polos econômicos.

Mudanças em Curso

As trocas comerciais em moedas locais já estão ocorrendo, embora de forma tímida. A participação do yuan nas reservas brasileiras, por exemplo, cresceu de zero em 2018 para 5% atualmente. Isso indica um movimento em direção à diversificação das reservas e à redução da dependência do dólar. Lula e outros líderes devem impulsionar essa transição, tornando as vantagens claras para o mercado e acelerando a adoção de novas dinâmicas nas negociações internacionais.

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