Economia

Trump pode prejudicar relocalização de empresas com nova lei fiscal

Nova lei fiscal dos EUA gera incertezas sobre a competitividade do México, enquanto especialistas avaliam possíveis respostas do governo mexicano.

Planta da Mattel Inc., em General Escobedo, Nuevo León, (México), no dia 8 de outubro de 2024. (Foto: MAURICIO PALOS/Bloomberg)

Planta da Mattel Inc., em General Escobedo, Nuevo León, (México), no dia 8 de outubro de 2024. (Foto: MAURICIO PALOS/Bloomberg)

Ouvir a notícia

Trump pode prejudicar relocalização de empresas com nova lei fiscal - Trump pode prejudicar relocalização de empresas com nova lei fiscal

0:000:00

A recente aprovação da nova lei fiscal nos Estados Unidos, proposta por Donald Trump, pode ter impactos significativos na economia mexicana. A legislação, que visa incentivar a produção interna, levanta preocupações sobre a competitividade do México como destino para a relocalização de empresas americanas.

O secretário de Economia do México, Marcelo Ebrard, afirmou que os custos de produção não devem variar, garantindo que o país continuará atraente para investimentos estrangeiros. Contudo, a incerteza persiste, especialmente com a revisão pendente do Tratado-Mercosul (TMEC), fundamental para as relações comerciais entre os países.

Especialistas divergem sobre os efeitos da nova lei. Janneth Quiroz Zamora, do grupo financeiro Monex, acredita que os Estados Unidos ainda não são autosuficientes em vários setores, o que mantém as oportunidades de relocalização no México. O país oferece mão de obra qualificada e uma infraestrutura logística consolidada, fatores que ainda podem atrair empresas.

Desafios e Oportunidades

A estratégia de Trump de reduzir impostos para grandes empresas pode alterar o cenário de deslocalização. Carlos Brown, da Oxfam México, destaca que a redução de impostos nos EUA e as decisões do G7 sobre tributação corporativa complicam a posição do México. Ele observa que a localização geográfica não é crucial para todos os setores, especialmente para indústrias mais mecanizadas.

O México enfrenta um dilema: reduzir impostos para manter a competitividade ou lidar com um déficit fiscal significativo. Brown considera improvável que o país entre em uma "corrida fiscal" devido a restrições financeiras. No entanto, Quiroz Zamora não descarta a possibilidade de o México adotar medidas semelhantes às de anos anteriores, quando reduziu impostos na fronteira para evitar a saída de empresas.

A situação permanece volátil, com muitas variáveis em jogo. O futuro da competitividade mexicana dependerá de como o país responderá às mudanças nas políticas fiscais dos EUA e à evolução das negociações do TMEC.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela