Dilma anuncia novos membros do Brics e ignora questão do Irã

Colômbia e Uzbequistão foram oficialmente aceitos como novos membros do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conforme anunciado por Dilma Rousseff, presidente da instituição. A decisão foi revelada durante a reunião anual do NDB, realizada no Rio de Janeiro, neste sábado. Com a inclusão desses países, o banco agora conta com oito membros, além dos fundadores Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A ex-presidente destacou que o NDB está aberto a novas adesões e confirmou que há negociações com diversas nações, incluindo o Irã. Embora Dilma não tenha especificado os países em discussão, a adesão do Irã é complexa devido a suas restrições financeiras impostas por sanções ocidentais. Em 2022, o NDB suspendeu transações com a Rússia, citando "incertezas e restrições" no cenário global.

Projetos e Financiamentos

Durante a reunião, Dilma fez um balanço das operações do NDB, que, em dez anos, aprovou 122 projetos totalizando US$ 40 bilhões, com US$ 22,4 bilhões já desembolsados. Dentre esses, 29 projetos estão no Brasil, somando US$ 7 bilhões (com US$ 4 bilhões já liberados).

A presidente ressaltou que uma das principais características do NDB é a ausência de condições políticas para a aprovação dos projetos. Nós não impusemos aos países quais são as prioridades deles, afirmou Dilma, enfatizando o respeito à soberania e às necessidades específicas de cada nação.

Futuro do NDB

Dilma Rousseff também mencionou que há uma lista de outros países em análise para possível adesão ao NDB. A reunião, realizada em um hotel na praia de Copacabana, marca uma década de existência do banco, que foi criado durante a cúpula do Brics em Fortaleza, em 2014. A ex-presidente reafirmou o compromisso do NDB em apoiar o desenvolvimento dos países membros, sem imposições externas.