Economia

Brics critica uso de políticas climáticas como pretexto para restringir comércio

Líderes do Brics criticam restrições comerciais da União Europeia e buscam alternativas para fortalecer o comércio sustentável entre os países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) posa para foto oficial com demais autoridades dos países que fazem parte do Brics, no Museu de Arte Modern, no Rio de Janeiro (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

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Os países do Brics, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se reuniram no Rio de Janeiro para discutir questões econômicas e ambientais. Durante a cúpula, os líderes criticaram a lei antidesmatamento da União Europeia e o aumento de tarifas comerciais, destacando a criação de um laboratório para debater Comércio e Sustentabilidade.

No comunicado final, os membros do Brics alertaram que medidas ambientais não devem ser usadas como pretexto para restrições ao comércio internacional. O texto enfatiza que ações unilaterais no combate às mudanças climáticas não devem resultar em discriminação ou restrições injustificáveis ao comércio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da foto oficial com os demais líderes.

Os países expressaram preocupação com o uso crescente de medidas comerciais unilaterais sob a justificativa de proteção ambiental. A criação do "laboratório" do Brics visa aprimorar os benefícios do comércio, responder a essas medidas e contribuir para ações globais contra as mudanças climáticas. A lei da UE, aprovada em 2023, proíbe a importação de produtos de áreas desmatadas após dezembro de 2020, o que pode impactar 34% das exportações brasileiras para a Europa.

Os líderes também criticaram o aumento indiscriminado de tarifas, que pode ameaçar o comércio global. Embora não tenham mencionado diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a declaração se referiu a uma alíquota de 10% sobre produtos importados, incluindo os do Brasil. O comunicado ressalta que essas medidas podem interromper cadeias de suprimentos e aumentar as disparidades econômicas.

Além disso, os membros do Brics abordaram a questão da dívida internacional, defendendo um tratamento adequado para promover a recuperação econômica e o desenvolvimento sustentável. Eles também manifestaram apoio a um sistema tributário internacional mais justo e inclusivo, sem mencionar os super-ricos, um tema que havia sido destacado anteriormente.

A cúpula não resultou em compromissos para a criação de um novo sistema de pagamento, com a maioria dos países preferindo utilizar seus próprios sistemas e integrar-se com os de outros. O comunicado fez referência ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, proposto pelo Brasil, para mobilizar financiamentos de longo prazo, com a expectativa de um anúncio significativo na COP30, em Belém.

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