Economia

Rússia enfrenta crise econômica após 40 meses de conflito armado

Rússia enfrenta recessão com inflação em alta e consumo em queda, enquanto dependência de importações cresce e reservas financeiras diminuem.

Um operário trabalhava em um forno de uma fábrica siderúrgica de Magnitogorsk, na Rússia, no dia 10 de junho. (Foto: Donat Sorokin / Zuma Press / ContactoPhoto)

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A Rússia enfrenta uma grave crise econômica quase três anos após a invasão da Ucrânia, com inflação alta e crescimento estagnado. O déficit público foi revisado para 1,7%, e o setor civil está em recessão, aumentando a dependência de importações.

O ministro de Desenvolvimento Econômico, Maxim Reshétnikov, alertou que o país está "à beira da recessão". As reservas financeiras que sustentaram a economia nos últimos anos estão se esgotando, refletindo a deterioração da situação econômica. O Banco Central da Rússia, sob pressão do Kremlin, reduziu a taxa de juros de 21% para 20%, a primeira queda desde setembro de 2022, mas a inflação permanece elevada, com índices oficiais em torno de 10% ao ano.

A indústria civil está em declínio, com um crescimento de apenas 1,9% nos últimos quatro anos. O consumo está em crise, com 70% das empresas relatando queda nas vendas. As vendas de automóveis caíram 25% no primeiro semestre de 2025, enquanto as cadeias de roupas enfrentam uma redução de 30% a 35% nas vendas.

O governo russo esperava um déficit de 0,5% para 2025, mas agora projeta um aumento significativo. A guerra na Ucrânia e os altos custos militares drenam recursos da economia, que já não consegue sustentar o crescimento impulsionado pela indústria bélica. A dependência de importações, especialmente da China, aumenta, enquanto a produção nacional não consegue acompanhar.

A situação é crítica, com 8,8 milhões de russos incapazes de pagar empréstimos. A propaganda estatal tenta minimizar os problemas, destacando uma taxa de desemprego de apenas 2% e um aumento nominal nos salários. No entanto, a realidade é que a inflação corrói o poder de compra da população, e apenas 10% dos russos percebem uma melhora em suas finanças.

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