Economia

Agricultores da África do Sul intensificam exportações de cítricos para os EUA

Tarifa de 31% dos EUA pode desestabilizar exportações de cítricos da África do Sul, afetando agricultores e a economia local.

A África do Sul já solicitou que os EUA reduzam sua tarifa recíproca para a linha de base de 10%. (Foto: MUJAHID SAFODIEN)

A África do Sul já solicitou que os EUA reduzam sua tarifa recíproca para a linha de base de 10%. (Foto: MUJAHID SAFODIEN)

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Os Estados Unidos enfrentam uma possível crise nas importações de frutas cítricas da África do Sul devido a uma tarifa de 31% proposta pelo presidente Donald Trump, que deve entrar em vigor em 9 de julho. Essa medida pode impactar severamente agricultores e a economia local, que já busca diversificar seus mercados.

A África do Sul é um dos principais fornecedores de frutas cítricas para os EUA, especialmente durante o verão americano, quando a colheita sul-africana está em alta. Citrusdal, uma cidade agrícola na região de Western Cape, é um exemplo de como a produção local depende do mercado americano. Gerrit van der Merwe, CEO da ALG Estates, destacou que sua empresa, que emprega 2.000 pessoas, foi construída para atender a esse mercado.

Os produtores sul-africanos estão se apressando para enviar suas frutas antes da implementação da tarifa. Van der Merwe mencionou que a dependência do mercado americano é mútua, com consumidores dos EUA também contando com suas frutas. Apesar de enviar apenas 5% a 6% de sua produção de cítricos para os EUA, o setor esperava um aumento nas exportações nesta temporada.

Impactos Econômicos

As tarifas podem causar um impacto devastador no setor, que já enfrenta desafios devido à infraestrutura precária da operadora estatal Transnet SOC. Boitshoko Ntshabele, CEO da Citrus Growers’ Association, alertou que, se a tarifa for aplicada, os cítricos sul-africanos se tornarão não competitivos no mercado americano. O setor, que emprega cerca de 140.000 pessoas, já enfrenta custos logísticos elevados.

Para mitigar os efeitos das tarifas, os produtores estão considerando redirecionar suas exportações para outros mercados, como a Europa e a Ásia. No entanto, essa estratégia pode afetar a estabilidade desses mercados. A CGA estima que as regulamentações da União Europeia e as tarifas dos EUA já custam bilhões ao setor.

Diversificação de Mercados

A África do Sul busca diversificar suas exportações, especialmente com o recente anúncio da China, que planeja conceder acesso livre de tarifas a 53 nações africanas. Paul Makube, economista agrícola, enfatizou a importância de abrir mercados asiáticos, dada a crescente demanda.

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa está tentando restabelecer relações com os EUA, solicitando a redução da tarifa para 10%. No entanto, não há garantias de que essa negociação será bem-sucedida. Van der Merwe expressou preocupação, afirmando que uma tarifa de 10% ainda seria desafiadora, mas administrável.

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