Economia

Dólar em queda enfrenta novos desafios após pior desempenho em 52 anos

Dólar americano enfrenta pressão com queda de 10,7%, enquanto bancos centrais aumentam reservas de ouro em resposta a déficits crescentes.

Nota de banco do dólar americano e gráfico de ações em queda são vistos nesta ilustração tirada em 25 de abril de 2025. (Foto: Dado Ruvic | Reuters)

Nota de banco do dólar americano e gráfico de ações em queda são vistos nesta ilustração tirada em 25 de abril de 2025. (Foto: Dado Ruvic | Reuters)

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O dólar americano enfrenta um cenário desafiador após registrar uma queda de 10,7% em relação a outras moedas no primeiro semestre de 2023, o pior desempenho desde 1973. A desvalorização é atribuída a preocupações com déficits crescentes e a política monetária do Federal Reserve.

Os analistas indicam que a tendência de queda pode persistir, especialmente com a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Fed e o aumento das compras de ouro por bancos centrais. Art Hogan, estrategista-chefe da B. Riley Wealth Management, destaca que a combinação de déficits massivos e a alienação de aliados pode intensificar a pressão sobre a moeda.

Desde janeiro, o dólar tem mostrado uma trajetória de queda, com uma leve recuperação em abril, impulsionada por expectativas em relação às tarifas do governo. Contudo, a maioria dos sinais aponta para uma continuidade da desvalorização. O impacto dessa queda não é totalmente negativo para o mercado de ações, já que um dólar mais fraco pode beneficiar as exportações americanas, especialmente em um contexto de guerra comercial.

Preocupações com a Hegemonia do Dólar

A crescente dívida pública dos EUA, que se aproxima de 30 trilhões de dólares, e a previsão de um déficit de 2 trilhões em 2025 levantam questões sobre a hegemonia do dólar. A World Gold Council reporta que os bancos centrais estão aumentando suas reservas de ouro, comprando cerca de 24 toneladas mensais, como uma estratégia para diversificar e reduzir a dependência do dólar.

Lawson Winder, analista do Bank of America, observa que essa tendência deve continuar, especialmente em meio a incertezas sobre tarifas e déficits fiscais. A TS Lombard mantém uma posição negativa em relação ao dólar, considerando-o supervalorizado em várias métricas de câmbio.

Expectativas do Mercado

Embora a queda do dólar não seja garantida, alguns especialistas acreditam que a recente recuperação das ações sugere um aumento na confiança em ativos americanos. Thomas Matthews, da Capital Economics, argumenta que a fraqueza do dólar pode ser uma fase temporária, enquanto a Wells Fargo defende que a moeda ainda é fundamental para o comércio global.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as flutuações da moeda são normais, mas o aumento dos rendimentos da dívida pública indica que as preocupações sobre o dólar persistem. Art Hogan conclui que, apesar da pressão negativa, é possível que o mercado esteja exagerando na desvalorização do dólar.

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