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EUA enfrentam crise fiscal com aumento alarmante da dívida pública

Déficit dos EUA supera 6% do PIB, levantando alertas sobre riscos econômicos e pressões fiscais que podem afetar gerações futuras.

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O déficit orçamentário dos Estados Unidos está em ascensão, superando 6% do PIB, um nível alarmante que ultrapassa em 63% a média dos últimos cinquenta anos. Especialistas alertam que essa trajetória fiscal pode gerar riscos significativos para a economia, os mercados e as relações internacionais.

Análises de instituições renomadas, como a Universidade de Yale e a Wharton School, indicam que o plano orçamentário do governo pode adicionar trilhões ao déficit nos próximos dez anos. A situação atual não é impulsionada por guerras ou crises econômicas, o que levanta preocupações sobre a saúde fiscal do país.

Riscos para os Mercados

Investidores estão em alerta. O macroinvestidor Ray Dalio afirma que os EUA apresentam "sinais clássicos" de um ciclo de dívida em estágio avançado, com uma probabilidade de 50% de um evento traumático nos próximos três anos. Por outro lado, Dan Ivascyn, da PIMCO, acredita que uma crise de confiança dos investidores é improvável, mas já está diversificando seus investimentos fora dos títulos do governo.

Impactos Econômicos

O aumento do déficit pode resultar em inflação, elevando as taxas de juros e restringindo investimentos privados. Maya MacGuineas, da Comissão para um Orçamento Responsável, destaca que os pagamentos de juros podem consumir uma parte significativa do orçamento federal, limitando a capacidade do governo de responder a emergências. Além disso, as gerações futuras podem sofrer as consequências, com preocupações sobre a disponibilidade de serviços sociais.

Implicações Internacionais

O ex-presidente do Estado-Maior Conjunto, Mike Mullen, considera a dívida nacional como uma ameaça à segurança nacional. O aumento da dívida pode comprometer os gastos com defesa, enquanto o historiador Niall Ferguson alerta que um país que gasta mais com juros do que com defesa pode estar se aproximando de um declínio histórico. A interdependência com credores estrangeiros, como China e Japão, torna os EUA vulneráveis a crises globais.

Os especialistas do Penn Wharton Budget Model estimam que o país tem menos de 20 anos para corrigir sua trajetória fiscal. Após esse período, mesmo medidas drásticas, como aumentos de impostos ou cortes de gastos, podem não ser suficientes para evitar um calote. A impressão de moeda para saldar dívidas pode acarretar inflação descontrolada e consequências econômicas severas.

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