10 de jul 2025
Ações brasileiras enfrentam desafios com tarifas impostas por Trump
Tarifa de 50% dos EUA sobre importações do Brasil gera incertezas econômicas e afeta empresas chave como Embraer e Suzano.

Foto: Reprodução
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Após o anúncio de Donald Trump sobre uma tarifa de 50% sobre todas as importações do Brasil, o mercado brasileiro enfrenta um cenário de incerteza. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, impacta diretamente empresas como Embraer, Suzano e Tupy, levando analistas a reavaliar suas estratégias.
Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, representando 12% das exportações e 15% das importações, totalizando US$ 40,3 bilhões em 2024. Apesar da relevância, a maior parte das exportações brasileiras são commodities, que podem ser redirecionadas para outros mercados, minimizando o impacto. No entanto, a Embraer é a mais exposta, com 24% de sua receita oriunda dos EUA, seguida por Suzano e Tupy.
Setores em Risco
Os setores mais vulneráveis incluem aeroespacial, siderurgia, celulose e alimentos. A Suzano, com 16% de suas receitas provenientes do mercado americano, pode enfrentar dificuldades em redirecionar suas exportações. A XP Investimentos estima que o impacto no PIB brasileiro pode variar entre 0,8% e 1,2% devido à nova tarifa.
Além disso, o setor de petróleo e gás deve sentir efeitos limitados, já que as exportações para os EUA representam apenas 13% do total. A Braskem pode se beneficiar com o aumento de preços no mercado interno de resinas plásticas, enquanto a Vale apresenta uma exposição mínima, com menos de 1% de sua receita oriunda dos EUA.
Reação do Mercado
As ações da Vale e de siderúrgicas como CSN e Usiminas mostraram resiliência, com a Vale registrando alta de 4% após o anúncio. Contudo, o Ibovespa caiu 0,54%, refletindo a volatilidade do mercado. A resposta do governo brasileiro será crucial para mitigar os impactos negativos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizando a possibilidade de retaliações.
Os analistas destacam que a situação exige atenção às flutuações cambiais e ao investimento direto estrangeiro. A incerteza gerada pelas tarifas pode influenciar a dinâmica econômica nos próximos meses, especialmente em um cenário de eleições em 2026.




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