21 de jan 2025
Mercado pessimista com Ambev: queda nos volumes e pressão de preços à vista
Ambev enfrenta desafios climáticos e competitivos, prevendo resultados negativos. Queda de 1,5% nos volumes de cerveja no Brasil é esperada para 2024. Bradesco BBI eleva lucro líquido para 2025 em 5%, mas pressões de custo persistem. Goldman Sachs recomenda venda, citando crescimento fraco e alta inflação. JPMorgan projeta queda de 2% nas vendas de cerveja, com cenário internacional fraco.
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Analistas de mercado projetam um cenário desafiador para a Ambev (ABEV3), com a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) marcada para 26 de fevereiro. A XP estima uma queda de 1,5% nos volumes de cerveja no Brasil, enquanto as bebidas não alcoólicas devem desacelerar, mas ainda apresentar crescimento. Na América Latina Sul, especialmente na Argentina, as condições melhoraram, mas o ambiente permanece complicado.
A XP prevê um Ebitda ajustado de R$ 8,5 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior, e um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões, estável ano a ano, afetado por impostos mais altos e despesas financeiras. Para 2025, a corretora destaca riscos de baixa para os volumes de cerveja no Brasil e possíveis desvantagens para as ações. O Bradesco BBI, por sua vez, elevou sua estimativa de lucro líquido para 2025 em 5%, totalizando R$ 16,5 bilhões, mas alerta que as tendências podem se complicar devido a pressões de custo.
O BBI observa que a Ambev está sendo negociada a 10,5 vezes o múltiplo Preço/Lucro para 2025, 42% abaixo da média dos últimos cinco anos. Apesar disso, o desconto em relação a cervejarias globais é de 18% para 2025, reduzindo para 10% em 2026. O banco projeta uma receita de R$ 26,5 bilhões, com uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior, e um lucro líquido de R$ 4,9 bilhões. O Goldman Sachs recomenda venda dos ativos, citando um crescimento de volume mais fraco e alta inflação de custos.
O JPMorgan, com uma recomendação neutra, espera um trimestre sem brilho para a Ambev, prevendo uma queda de 2% no volume de vendas de cerveja no Brasil, impactada por condições climáticas e concorrência acirrada. O banco também expressa cautela em relação ao NAB, destacando que não houve notícias positivas suficientes nas operações internacionais para mudar o ceticismo em relação ao desempenho da empresa.
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