06 de fev 2025
Fundos brasileiros prosperam no México com cortes de juros em meio a Trump
Gestores brasileiros apostaram na queda das taxas de juros no México, lucrando. Fundos como Legacy Capital e Vinland Capital superaram concorrentes com retornos altos. Expectativa de cortes de 180 pontos base em juros nos próximos 12 meses. A decisão de Trump de adiar tarifas sobre exportações fortaleceu o peso mexicano. Estrategistas recomendam apostas em contratos de juros de curto prazo para proteção.
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Gestores brasileiros obtiveram lucros no México em janeiro, apostando que a volta de Donald Trump à Casa Branca não impediria cortes de juros no país. As taxas dos contratos de swap mexicanos caíram em toda a curva, com os contratos de um ano recuando mais de 50 pontos-base. Gestores como Legacy Capital e Vinland Capital se destacaram, registrando retornos de 2,3% e 1,5% líquidos, superando o ganho de 1% do CDI, índice de referência do Brasil.
O Itaú Janeiro, fundo gerido pelo Itaú Asset Management, também se beneficiou, subindo 2,8% ao focar em juros de vencimentos mais curtos, apostando em uma postura mais dovish do Banco do México (Banxico). José Oswaldo Monforte, da Vinland, afirmou que as chances de cortes maiores estavam mal precificadas, embora agora os riscos já estejam mais equilibrados nos preços dos ativos.
Os fundos multimercado brasileiros têm adotado posições agressivas na curva de juros, mesmo diante do risco de tarifas dos EUA que podem impactar o peso mexicano. O mercado já precifica um corte de 50 pontos-base na próxima reunião do Banxico e projeta quase 180 pontos-base de redução nos próximos 12 meses. Estrategistas do Citigroup e JPMorgan recomendam apostas em contratos de juros de curto prazo como forma de proteção contra tensões comerciais.
O peso mexicano subiu 1% no ano, impulsionado por um adiamento das tarifas de 25% sobre exportações mexicanas, após conversas entre Trump e a presidente do México, Claudia Sheinbaum. Ning Sun, da State Street Global Markets, destacou a necessidade de alívio monetário maior devido à economia fraca e ao espaço fiscal limitado, ressaltando que "Trump deu um tempo extra para o México".
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