Goldman Sachs recebe rebaixamento da KBW, mas analistas veem oportunidade de compra

As ações do Goldman Sachs foram rebaixadas para "market perform" pela Keefe, Bruyette & Woods, com o analista David Konrad citando uma "avaliação elevada" e um risco/recompensa mais equilibrado. O preço-alvo foi reduzido de $690 para $660, embora ainda represente um aumento de 7% em relação ao fechamento de quarta-feira. O analista destacou que as ações estão sendo negociadas a 2 vezes o valor contábil tangível, acima da média histórica de 1,2.

Konrad também mencionou que, apesar de catalisadores como um ambiente de negociação forte e melhorias na gestão de ativos, o Goldman Sachs enfrenta desafios devido a incertezas de mercado relacionadas a tarifas, inflação e políticas governamentais. Essas questões contribuíram para um início de ano decepcionante no setor de banco de investimento, levando a uma rotação recente de ações de mercado de capitais. Para atender às expectativas atuais, a instituição precisará apresentar resultados robustos em março.

Apesar do rebaixamento, a maioria dos analistas mantém uma visão otimista sobre a ação, com 14 dos 23 analistas recomendando compra ou compra forte. O preço-alvo médio sugere um potencial de valorização superior a 5%. Jim Cramer, do CNBC Investing Club, criticou o rebaixamento, considerando-o "ridículo", e incentivou novos investidores a adquirirem ações do Goldman, prevendo um aumento nas atividades de fusões e aquisições que devem impulsionar a receita do banco.

O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, expressou confiança em um aumento na atividade de banco de investimento, citando um backlog significativo e um apetite crescente por negócios. As ações do Goldman Sachs, que estavam em torno de $612 na tarde de quinta-feira, apresentaram uma alta de quase 8% no ano até agora, refletindo um otimismo cauteloso entre os investidores.