Mercados globais enfrentam turbulência com novas tarifas de Trump e incertezas econômicas

Os mercados de ações enfrentaram uma queda significativa nesta terça-feira, impactados pela intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros, como China, Canadá e México. Os EUA impuseram tarifas que não eram vistas há quase um século, o que gerou represálias e aumentou as preocupações sobre a inflação e o consumo. Com a confiança do consumidor em baixa e demissões em alta, a economia americana mostra sinais de estagnação, levando os investidores a buscar segurança em títulos de curto prazo e ouro.

As bolsas de Nova York abriram em baixa, com o índice Dow Jones caindo 1,68%, o S&P 500 1,87% e o Nasdaq 2,2%. Na Europa, as ações também recuaram, refletindo a apreensão dos investidores em relação às novas tarifas e suas consequências. O índice FTSE 100 de Londres caiu 1,19%, enquanto o DAX da Bolsa de Frankfurt, que inclui montadoras, teve uma perda de 3,23%. As ações de grandes fabricantes de automóveis, como Volkswagen e Renault, também sofreram quedas significativas.

No entanto, a manhã de quarta-feira trouxe um otimismo renovado, com as bolsas europeias projetando uma abertura em alta, impulsionadas pela expectativa de que as tarifas dos EUA possam ser reduzidas. O euro se valorizou 0,70%, e o índice Stoxx 600 subiu 1,6%. A Alemanha anunciou planos para aumentar os gastos com defesa e infraestrutura, o que gerou expectativas de um impulso econômico na região.

Enquanto isso, o mercado de fusões e aquisições global enfrenta incertezas, com um volume de transações 17% menor em comparação ao ano anterior. As políticas tarifárias de Trump têm gerado um clima de cautela entre os investidores, que aguardam um novo normal antes de se comprometerem com grandes negócios. Apesar das dificuldades, ainda há um capital significativo disponível para investimentos, o que pode levar a um aumento nas atividades de M&A assim que a situação se estabilizar.