11 de mar 2025
Mercados enfrentam incertezas com tarifas de Trump e queda do S&P 500 em correção
O S&P 500 caiu cerca de 10% desde seu pico em fevereiro, refletindo incertezas. Donald Trump anunciou tarifas adicionais sobre aço e alumínio, aumentando temores. O Ibovespa superou 125 mil pontos, impulsionado por mineradoras como Vale e CSN. A guerra comercial de Trump gera instabilidade no comércio global e pressão inflacionária. Expectativas de inflação nos EUA podem influenciar decisões do Federal Reserve em breve.
Foto: Reprodução
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Os mercados financeiros enfrentam um período de alta volatilidade, com o S&P 500 e outros índices importantes apresentando quedas significativas. O professor da Wharton School, Jeremy Siegel, alertou que o S&P 500 está "absolutamente" em risco de cair ainda mais. Na terça-feira, o índice fechou em baixa, refletindo a incerteza em torno das políticas tarifárias do presidente Donald Trump, que propôs aumentar tarifas sobre o aço e alumínio canadenses. A situação se agravou quando o premier de Ontário, Doug Ford, anunciou um aumento nas tarifas de eletricidade, mas posteriormente suspendeu essa medida, enquanto o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, indicou que Trump não seguiria com o aumento das tarifas.
O S&P 500 já acumula uma queda de mais de 9% desde seu pico em fevereiro, o que o coloca à beira de uma correção, definida como uma queda de 10% ou mais. Warren Buffett também comentou sobre a incerteza do mercado, enfatizando que correções são comuns e que os investidores devem manter a calma e continuar investindo a longo prazo. Ele destacou que, historicamente, o mercado tende a se recuperar após quedas significativas, e que períodos de baixa podem representar oportunidades de compra.
No Brasil, o Ibovespa mostrou sinais de recuperação, superando a marca dos 125 mil pontos, impulsionado pela alta nos preços do minério de ferro e resultados positivos de empresas como a CSN, que reportou um aumento de 48,4% em seu lucro no quarto trimestre de 2024. No entanto, o índice ainda enfrenta pressões externas, especialmente devido à guerra comercial e incertezas econômicas geradas pelas políticas de Trump, que ameaçam a estabilidade do comércio global.
Os investidores estão atentos a dados econômicos que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros, com a expectativa de que a inflação continue elevada. O dólar apresentou leve alta, cotado a R$ 5,81, enquanto o mercado brasileiro reage a uma série de indicadores que apontam para uma desaceleração econômica. O cenário permanece incerto, com analistas alertando que a incerteza política e econômica pode impactar negativamente o crescimento e os investimentos tanto nos EUA quanto no Brasil.
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