Futuros das ações caem após pior semana do Dow desde 2023, com incertezas econômicas

Os futuros das ações caíram na noite de domingo, após o índice de trinta ações registrar sua pior semana desde 2023. Os futuros do Dow Jones recuaram 134 pontos, ou 0,3%. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 também apresentaram quedas de 0,4% e 0,5%, respectivamente. A Nasdaq Composite aprofundou-se em território de correção, enquanto o Russell 2000 se aproximou de um mercado em baixa, com uma queda de 20% em relação ao seu pico. Esses movimentos refletem a dificuldade dos investidores em acompanhar as rápidas mudanças nas políticas tarifárias do presidente Donald Trump, além de sinais crescentes de fraqueza econômica.

Adam Parker, CEO da Trivariate Research, comentou que a situação atual é mais do que um simples medo de crescimento, mas sim uma desaceleração real. Ele destacou que, até abril, os investidores devem adotar uma postura mais defensiva, pois não acredita em uma recuperação rápida como em ciclos anteriores. A próxima semana será crucial, com a expectativa de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros inalteradas em sua reunião de política monetária. As declarações do presidente Jerome Powell serão observadas de perto, especialmente após ele afirmar que o banco central não está apressado para reduzir as taxas.

Na segunda-feira, Wall Street tentava registrar uma segunda sessão positiva consecutiva, mas o estrategista da Morgan Stanley, Michael Wilson, alertou que o nível de 5.500 no S&P 500 poderia gerar um "rali negociável", embora não duradouro. O S&P 500 estava em torno de 5.650. Wilson observou que os índices estão todos abaixo de suas médias móveis de 200 dias, o que sugere que a recuperação pode ser difícil de sustentar. Apesar disso, a estrategista da RBC Capital Markets, Lori Calvasina, indicou que, mesmo com perdas, pode ser um bom momento para os investidores, ajustando sua previsão de baixa para o S&P 500 para 5.500.

A RBC Capital Markets reduziu sua previsão para o S&P 500, prevendo que o índice termine 2025 em 6.200, uma queda de 6,1% em relação à expectativa anterior de 6.600. Calvasina destacou que os dados econômicos recentes levantaram preocupações sobre a saúde do consumidor e que a política tarifária de Trump gerou incertezas. Apesar de não acreditar que uma queda além dos 10% já observados seja inevitável, ela reconheceu que o caminho para as ações até dezembro se tornou mais desafiador. O S&P 500, que já caiu 3,7% no ano, está em um momento complicado, com sinais de pessimismo entre investidores e consumidores.