Economia

Morgan Stanley sugere repensar a alocação de ativos na era da volatilidade econômica

Jim Caron, da Morgan Stanley, critica a estratégia 60/40 para investimentos. A correlação entre ações e títulos atingiu níveis históricos, segundo Caron. Ele sugere uma alocação ativa, variando entre 20% e 80% em ações e títulos. Caron recomenda ações de valor e europeias, além de títulos de alta qualidade. A mudança na estratégia pode impactar retornos, reduzindo o tempo para dobrar investimentos.

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Investidores que tradicionalmente adotam uma carteira de 60% em ações e 40% em títulos podem precisar reconsiderar sua estratégia, conforme alerta Jim Caron, diretor de investimentos da Morgan Stanley Investment Management. O mercado tem enfrentado volatilidade ao longo do ano, impulsionada pela avaliação da economia dos Estados Unidos e o impacto das políticas comerciais da administração Trump, incluindo tarifas elevadas. O modelo 60/40 funcionou bem nas últimas décadas devido à baixa correlação entre ações e títulos, mas essa dinâmica mudou, com correlações atingindo níveis históricos.

Caron destaca que, atualmente, as correlações entre retornos de ações e títulos estão nas mais altas em 115 anos. Quando essa correlação é elevada, os retornos de ambos os ativos tendem a se mover na mesma direção, o que pode prejudicar a estratégia passiva. Ele sugere que os investidores devem ajustar suas alocações de forma ativa, considerando que a proporção ideal pode variar, podendo ser 40% em títulos e 60% em ações, ou até mesmo 80/20 ou 20/80, dependendo das condições do mercado.

Atualmente, Caron recomenda uma alocação de 55% em ações e 45% em renda fixa, com foco em ações de grande valor e médias empresas, evitando a concentração em tecnologia. Ele também vê oportunidades em ações europeias, impulsionadas por políticas de crescimento e desregulamentação. No segmento de renda fixa, Caron adota uma abordagem de barbell, combinando títulos de alta qualidade e curto prazo com uma exposição a títulos de alto rendimento.

Caron mantém investimentos em títulos do Tesouro, títulos corporativos de grau de investimento e títulos lastreados em hipotecas. Ele acredita que a reindustrialização da Europa exigirá segurança energética, o que pode beneficiar o mercado. A estratégia de Caron reflete uma adaptação às novas realidades econômicas, buscando maximizar retornos em um ambiente de alta correlação entre ativos.

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