Economia

Ações do Grupo Casas Bahia disparam 265% em março e superam R$ 10 com forte demanda

Grupo Casas Bahia (BHIA3) reporta queda no prejuízo e crescimento na receita, mas analistas mantêm cautela devido à alta alavancagem e juros elevados.

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As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) têm apresentado um desempenho notável, com um aumento de 265% em março, passando de R$ 2,65 para R$ 9,68, e acumulando 235% em 2025. No dia 25 de março, os papéis chegaram a ultrapassar R$ 10, com um salto de mais de 20%, embora tenham fechado abaixo desse patamar, ainda assim registrando um crescimento de cerca de 18% na sessão. Esse movimento é impulsionado por um fenômeno conhecido como short squeeze, onde a alta rápida das ações força investidores que apostaram na queda a cobrir suas posições, aumentando a pressão de compra. Atualmente, 25% das ações da empresa estão alugadas.

Outro fator que contribuiu para essa valorização foi a entrada do investidor Rafael Ferri, que adquiriu 5,11% das ações ordinárias e derivativos de BHIA3. Segundo Pedro Accorsi, analista da Ticker Research, a participação de Ferri sinaliza um possível ponto de inflexão, atraindo a atenção de outros investidores que, temendo perder a oportunidade, começaram a comprar ações, um fenômeno conhecido como FOMO (fear of missing out). Além disso, a divulgação dos resultados do 4T24 mostrou uma redução de 54,8% no prejuízo, totalizando R$ 452 milhões, e um crescimento de 7,6% na receita líquida, que alcançou R$ 7,98 bilhões.

Apesar do desempenho positivo, o e-commerce da empresa enfrentou desafios, com uma queda de 10% no Volume Bruto de Mercadorias (GMV) vendido online. No entanto, as lojas físicas e o marketplace apresentaram crescimento, com altas de 16% e 24%, respectivamente. O Ebitda ajustado quadruplicou em relação ao 4T23, totalizando R$ 640 milhões, embora a empresa ainda tenha reportado um prejuízo líquido. Para 2025, o foco está na expansão da carteira de crediário, que já soma R$ 6,2 bilhões, e na recuperação das margens, apesar da alta alavancagem e do cenário de juros elevados.

Analistas, como o Morgan Stanley, mantêm cautela em relação aos papéis BHIA3, com recomendação de venda (underweight). O banco observa que, apesar dos avanços operacionais e do reperfilamento da dívida, o caminho para um lucro líquido positivo permanece desafiador em meio às altas taxas de juros no Brasil. De acordo com uma análise da Reuters Lseg, entre sete casas que cobrem o papel, quatro recomendam manutenção e três sugerem venda, refletindo a cautela do mercado em relação ao futuro da companhia.

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