Deutsche Bank reduz meta de preço da Tesla após pressão nas entregas do primeiro trimestre

A Deutsche Bank expressou preocupações sobre a desaceleração nas entregas da Tesla no primeiro trimestre, prevendo que os números fiquem entre 340 mil e 350 mil veículos, abaixo da expectativa de 378 mil do mercado. O analista Edison Yu manteve a recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo das ações de US$ 420 para US$ 345, o que ainda representa um aumento de 26% em relação ao fechamento da última quinta-feira.

Essa previsão indica uma queda de 11% em relação ao ano anterior e uma diminuição de 30% em comparação ao trimestre anterior, marcando os menores números desde o terceiro trimestre de 2022. Yu também destacou que essa situação pode pressionar ainda mais as margens automotivas da empresa, que já enfrentam desafios devido a volumes de vendas mais fracos e incertezas políticas.

O analista observou que a pressão sobre as ações da Tesla é resultado de volumes de vendas abaixo do esperado, uma reavaliação mais ampla de ativos de crescimento e, em parte, da incerteza política. Ele mencionou que as atividades políticas de Elon Musk podem ter causado "dano à marca", o que pode impactar a demanda futura.

Por outro lado, a Tesla pode se beneficiar de sua posição em relação à possível imposição de tarifas de 25% sobre veículos importados, conforme sugerido por Donald Trump. Yu acredita que, apesar do impacto potencial nas operações no México, a empresa está bem posicionada para mitigar os efeitos negativos, já que a maior parte dos componentes de baixo valor agregado é proveniente de lá.