14 de abr 2025
Investidores devem redobrar a cautela em renda fixa com aumento do risco de calote
Juros altos e recorde de recuperação judicial elevam riscos em renda fixa; investidores devem ser cautelosos na escolha de títulos.
— Foto: Getty Images
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Os juros no Brasil estão em alta, com a Selic alcançando 14,25% ao ano, o que afeta o consumo e aumenta a inadimplência. Em 2024, os pedidos de recuperação judicial atingiram um recorde de 2.273 solicitações, refletindo a pressão sobre as empresas. A captação de R$ 574,8 bilhões em títulos de dívida corporativa também eleva o risco para investidores.
Nesse cenário, os títulos de renda fixa, embora ofereçam retornos elevados, apresentam riscos crescentes. Especialistas recomendam cautela ao escolher papéis emitidos por bancos e empresas. O Tesouro Direto se torna mais atrativo, já que oferece segurança e juros competitivos em comparação a outros títulos, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Letras de Crédito Agrícola e Imobiliário (LCAs e LCIs).
Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Investimentos, sugere que os investidores priorizem o Tesouro Direto, afirmando que os juros dos papéis privados não compensam os riscos atuais. Thiago Carone, da Nova Futura Private, alerta sobre a saúde financeira dos emissores e a importância de entender os riscos associados a CDBs e LCAs.
Camilla Dolle, da XP, acredita que os papéis de bancos são menos preocupantes, desde que sejam de instituições sólidas. Contudo, recomenda cautela com títulos de empresas, que não têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A análise de agências de classificação de risco é essencial para evitar surpresas negativas no mercado de crédito.
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