15 de abr 2025
Empresas brasileiras captam US$ 11,1 bilhões no exterior, mas cenário futuro é incerto
Empresas brasileiras e o governo captaram US$ 11,1 bilhões no exterior no primeiro trimestre, mas previsão é de queda nas emissões no segundo.
Notas de dólares (Foto: Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
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Empresas brasileiras e o governo captaram US$ 11,1 bilhões no mercado externo no primeiro trimestre de 2024, o maior volume desde 2014, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Este total foi obtido em doze operações, com US$ 6,4 bilhões provenientes de companhias, US$ 2,3 bilhões de instituições financeiras e US$ 2,5 bilhões em emissões soberanas.
Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, alerta que esse desempenho não deve se repetir no segundo trimestre devido à turbulência nos Estados Unidos. Ele observa uma freada brusca nas emissões, com empresas americanas de grau de investimento recorrendo pouco ao mercado de capitais. Maranhão destaca que o cenário atual é de ruído de recessão e vendas intensas de títulos do Tesouro americano.
No mercado local, os fundos de crédito privado estão captando novamente, aumentando a demanda por títulos. Maranhão afirma que as instituições financeiras estão garantindo as captações e escoando os títulos no mercado secundário, que cresceu 34,2% no primeiro trimestre, atingindo R$ 196,6 bilhões. A participação de pessoas físicas no mercado secundário também aumentou.
As debêntures de securitização se destacaram, com R$ 7,6 bilhões captados, enquanto os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) enfrentaram uma queda significativa, de R$ 13,43 bilhões para R$ 6,88 bilhões. Maranhão explica que os juros altos limitam as oportunidades de captação. Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) mostraram sinais de recuperação, com o volume de ofertas subindo de R$ 430 milhões para R$ 1,62 bilhão.
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