15 de abr 2025
UBS reduz previsão de preços do petróleo e alerta para riscos de recessão global
A Opep revisou para baixo sua previsão de demanda por petróleo em 2025, refletindo incertezas econômicas. A guerra comercial entre EUA e China pressiona os preços, com analistas prevendo um cenário de queda. A Petrobras e outras empresas brasileiras podem enfrentar impactos financeiros, embora a produção não deva ser afetada a curto prazo. A pressão política para reduzir preços de combustíveis aumenta, enquanto o mercado aguarda sinais de estabilidade.
Foto: Reprodução
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Os preços do petróleo enfrentam pressão crescente devido à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou sua previsão de crescimento da demanda para 1,3 milhão de barris por dia em 2025, uma redução de 150 mil barris em relação à estimativa anterior. A incerteza econômica gerada pelas tarifas de Donald Trump impacta diretamente o mercado.
A UBS revisou sua previsão para o preço do petróleo Brent, reduzindo-a em R$ 12, para R$ 68 por barril, e espera que o petróleo dos EUA seja negociado a R$ 64. O analista Giovanni Staunovo alertou que, se a guerra comercial se intensificar, o preço do Brent pode cair para entre R$ 40 e R$ 60. A pressão sobre os preços também afeta as empresas do setor, que podem ver suas margens reduzidas.
No Brasil, a Petrobras e outras operadoras independentes não devem alterar sua curva de produção, pois os projetos offshore têm ciclos longos. No entanto, a queda nos preços pode impactar os resultados financeiros. A análise do Itaú BBA indica que, se os preços permanecerem em torno de R$ 65, a Petrobras precisaria aumentar sua dívida para R$ 64 bilhões para manter os dividendos.
A Opep, em sua análise, destacou que a dinâmica do comércio global introduziu incertezas que afetam a previsão de crescimento econômico. As tarifas impostas por Trump, que chegam a 145% sobre a China, e o aumento na produção da Opep+ contribuem para a pressão sobre os preços do petróleo, que caíram cerca de 13% desde o anúncio das tarifas em abril.
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