24 de abr 2025
Deutsche Bank prevê queda acentuada do dólar e alta do euro nos próximos anos
O dólar americano enfrenta uma pressão crescente, com previsões de queda acentuada nos próximos anos. O Deutsche Bank aponta que a moeda pode atingir seu nível mais fraco em mais de uma década em relação ao euro, que pode chegar a US$ 1,30 até 2027. Os estrategistas George Saravelos e Tim Baker destacam que as tarifas dos EUA e o estímulo fiscal da Alemanha estão contribuindo para essa desvalorização. Recentemente, o dólar caiu para uma mínima de 16 meses, refletindo a incerteza política nos Estados Unidos e levantando dúvidas sobre seu status como moeda de reserva global. O Bloomberg Dollar Spot Index registrou uma queda de quase 4% em abril, o pior desempenho mensal em mais de dois anos. Os analistas do Deutsche Bank acreditam que as condições estão se formando para uma tendência de baixa prolongada do dólar. Além disso, o Goldman Sachs também alerta que a fraqueza do dólar pode ser persistente. O economista chefe Jan Hatzius afirma que a moeda perdeu mais de 4,5% em abril e que a desvalorização pode continuar, exacerbando pressões inflacionárias. Embora um dólar mais fraco possa beneficiar as exportações e ajudar a reduzir o déficit comercial, a diminuição do apetite por ativos dos EUA pode contrabalançar esses efeitos. Hatzius ressalta que a fraqueza do dólar não implica na perda de seu status de moeda de reserva, que permanece sólido, a menos que ocorram choques extremos. A situação atual sugere um cenário de incerteza e mudanças rápidas nas normas políticas, o que pode resultar em volatilidade nos mercados.
O dólar caiu para uma baixa de 16 meses no início desta semana, com o aumento da incerteza política dos Estados Unidos alimentando questões sobre seu status como moeda de reserva mundial (Foto: Samsul Said/Bloomberg) - (Samsul Said)
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O Deutsche Bank previu uma tendência de queda do dólar nos próximos anos, com o euro podendo alcançar US$ 1,30 até 2027. Os estrategistas George Saravelos e Tim Baker destacaram que a desvalorização da moeda americana é impulsionada por incertezas políticas e tarifas nos Estados Unidos, além de um estímulo fiscal na Alemanha.
Recentemente, o dólar atingiu sua menor cotação em 16 meses, refletindo a crescente desconfiança dos investidores sobre seu status como moeda de reserva mundial. O Bloomberg Dollar Spot Index caiu quase 4% em abril, o que representa o pior desempenho mensal em mais de dois anos. Os analistas do Deutsche Bank afirmaram que as condições atuais favorecem o início de um ciclo de baixa prolongado para o dólar.
Expectativas para o Euro e o Iene
O Deutsche Bank também prevê que o iene japonês se valorize, alcançando 115 por dólar, o que seria o nível mais forte desde 2022. O euro, por sua vez, já subiu mais de 5% neste mês, superando US$ 1,15. Os estrategistas acreditam que o euro se beneficiará de fluxos de refúgio seguro, à medida que investidores buscam diversificar suas reservas.
A análise do Goldman Sachs corrobora a visão do Deutsche Bank. O economista-chefe Jan Hatzius afirmou que a fraqueza do dólar é uma tendência que deve persistir. Em abril, a moeda americana perdeu mais de 4,5%, marcando a maior queda mensal desde o final de 2022. Hatzius ressaltou que um dólar mais fraco pode ajudar a reduzir o déficit comercial dos EUA, mas a diminuição do apetite por ativos americanos pode agravar a situação.
Impactos e Incertezas
Os analistas do Deutsche Bank alertam que as políticas comerciais do governo dos EUA estão diminuindo o interesse dos investidores estrangeiros em financiar os déficits do país. Isso pode resultar em uma redução gradual dos ativos dos EUA, enquanto outras nações aumentam seus gastos para estimular o crescimento interno. A incerteza política e as mudanças rápidas nas normas podem aumentar o risco de deslocamentos de mercado.
A análise sugere que o excepcionalismo dos EUA pode estar se desgastando, com o mercado se afastando do dólar. A situação atual levanta preocupações sobre a sustentabilidade do status do dólar como principal moeda de reserva global, embora os analistas do Goldman Sachs acreditem que suas vantagens ainda são robustas.
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