29 de abr 2025
Operadoras de saúde reagem a novas regras da ANS com desempenho misto na Bolsa
Operadoras de saúde reagem a novas regras da ANS, com ações em queda e alta. Setor enfrenta desafios, mas mudanças podem oferecer alívio.
Hospitais e planos de saúde têm enfrentado desafios do pós-pandemia (Foto: Pixabay)
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As operadoras de planos de saúde listadas na Bolsa de Valores brasileira apresentaram desempenho misto no pregão desta terça-feira (29). A reação dos investidores se deu após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgar novas propostas normativas que alteram as regras de reajuste dos planos de saúde coletivos e individuais.
Às 12h20, as ações da Hapvida (HAPV3) caíam 1,64%, cotadas a R$ 2,40. A Qualicorp (QUAL3) registrava queda de 0,90%, a R$ 2,21. Em contrapartida, os papéis da Rede D’Or (RDOR3) subiam 1,14%, alcançando R$ 31,86. As novas regras surgem após consultas públicas realizadas entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano e trazem alívio parcial ao setor, embora analistas identifiquem desafios, especialmente no segmento corporativo.
Principais Mudanças
Entre os principais pontos das propostas da ANS, destaca-se a redução da meta mínima de sinistralidade de 75% para 72%. Também houve um redesenho do modelo de pool de riscos para planos empresariais e um endurecimento nos critérios de elegibilidade para revisões técnicas de preços. Além disso, as operadoras agora precisam apresentar indicadores financeiros públicos e auditados para justificar reajustes acima do teto nos planos individuais.
Analistas da XP Investimentos consideram que as mudanças são, em parte, mais brandas do que a proposta inicial de 2024. No entanto, ressaltam que algumas regras ainda dificultam o repasse de custos, especialmente para planos coletivos. A nova meta de sinistralidade é vista como irrelevante para empresas como a SulAmérica, que já opera com sinistralidade de 87%.
Impactos no Setor
O Itaú BBA observa que, apesar do alívio parcial, a nova regulação pode manter a pressão sobre a rentabilidade das operadoras. A inclusão de contratos com até 400 vidas no pool de reajuste unificado pode limitar a capacidade das operadoras de aplicar aumentos adequados ao risco de cada grupo.
Por outro lado, a proposta de permitir reajustes extraordinários para planos individuais, com base em desequilíbrios financeiros, é vista como um avanço. A exigência de dados auditados e a definição de metodologia atuarial aumentam a transparência do processo.
As discussões sobre as novas propostas da ANS ainda estão em aberto, sem data definida para a deliberação final. As operadoras continuam avaliando os efeitos das regras e a viabilidade de adequação às novas exigências, enquanto aguardam maior clareza sobre os mecanismos de reajuste.
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