Bancos europeus registram receitas recordes com volatilidade nos mercados financeiros

Operadores dos principais bancos de investimento da Europa registraram receitas recordes no primeiro trimestre de 2025, totalizando 13 bilhões de euros. O desempenho foi impulsionado pela volatilidade do mercado após a reeleição de Donald Trump. Instituições como UBS, BNP Paribas, Société Générale, Barclays e Deutsche Bank reportaram os melhores resultados trimestrais desde pelo menos 2015.

A reeleição de Trump trouxe um período de incerteza econômica, resultando em oscilações significativas nos mercados financeiros. O CEO do Société Générale, Slawomir Krupa, afirmou que “a volatilidade do mercado é amplamente favorável aos negócios de mercado global para os bancos”. As receitas de trading do UBS aumentaram quase um terço, alcançando US$ 2,5 bilhões. O BNP Paribas, por sua vez, atingiu um recorde de 2,8 bilhões de euros em receitas de trading.

Desempenho dos Bancos

O Deutsche Bank e o Barclays também se destacaram, com aumentos de 17% e 21%, respectivamente, nas operações de renda fixa, moedas e commodities. O desempenho do Société Générale foi impulsionado por um crescimento de mais de 20% nas receitas de ações, totalizando 1,06 bilhão de euros.

Após anos de baixa rentabilidade, os bancos europeus começaram a se recuperar, beneficiando-se de taxas de juros mais altas. O cenário de volatilidade, que começou com a pandemia de Covid-19 em 2020, continuou com as oscilações de mercado após a invasão da Ucrânia. O primeiro trimestre de 2022 havia sido o melhor até então, com 12,8 bilhões de euros em receitas.

Expectativas Futuras

Sergio Ermotti, CEO do UBS, mencionou um aumento na atividade dos clientes e volatilidade no início do segundo trimestre, após a introdução de tarifas por Trump. “Em alguns dias, os volumes de negociação excederam seu pico da era Covid em cerca de 30%,” destacou. Analistas do Citigroup veem isso como um bom sinal para as receitas de mercado no segundo trimestre, embora haja indícios de uma certa fadiga entre os investidores.