Economia

Moody's rebaixa nota de crédito dos EUA para Aa1, refletindo aumento da dívida pública

Moody's rebaixa nota de crédito dos EUA para Aa1, encerrando mais de um século de classificação máxima e gerando reações nos mercados financeiros.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP

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A Moody's rebaixou a nota de crédito soberano dos Estados Unidos de "AAA" para "Aa1" nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025. A decisão encerra mais de um século de classificação máxima, refletindo o aumento da dívida pública e a incapacidade de administrações sucessivas em controlar déficits fiscais.

A agência destacou que a dívida pública dos EUA atingiu níveis significativamente mais altos do que outros países com notas semelhantes. A Moody's também apontou que os pagamentos de juros devem consumir cerca de 30% da receita pública até 2035, um aumento em relação aos 18% projetados para 2024. O rebaixamento ocorre em um contexto de crescente endividamento, que já ultrapassa o tamanho da economia americana.

A reação nos mercados financeiros foi imediata, com os rendimentos dos títulos do Tesouro de dez anos subindo para 4,49% e um fundo que acompanha o S&P 500 caindo 0,6% nas negociações pós-mercado. A Moody's, que mantinha a nota máxima desde 1917, é a última das três principais agências a rebaixar os EUA, seguindo a Fitch e a S&P, que já haviam feito cortes em suas classificações anteriormente.

O porta-voz da Casa Branca, Steven Cheung, criticou a decisão, chamando-a de política e alegando que a análise da Moody's não é levada a sério. Ele acusou o economista Mark Zandi, da Moody's Analytics, de ser um crítico do governo. Apesar do rebaixamento, a Moody's considera a perspectiva dos EUA "estável", citando a resiliência da economia e o papel do dólar como moeda de reserva global.

A Moody's alertou que a deterioração fiscal pode levar a custos de financiamento mais altos no futuro. O rebaixamento é um sinal de alerta sobre a capacidade dos EUA de manter sua posição como o maior emissor de dívida do mundo, especialmente em um cenário de crescente incerteza política e econômica.

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