19 de mai 2025
JPMorgan e investidores apostam na recuperação das ações de mercados emergentes
JPMorgan eleva mercados emergentes para "overweight", destacando tarifas reduzidas e avaliações atrativas. O ETF EEM supera o S&P 500 em 2025.
Centro de São Paulo: índice de ações de mercados emergentes acumula ganho de 10% em 2025. (Foto: Tuane Fernandes/Bloomberg)
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As ações de mercados emergentes estão apresentando um desempenho positivo após anos de dificuldades. A JPMorgan atualizou sua classificação para esses mercados, passando de neutra para sobrepeso. O estrategista Mislav Matejka destacou a redução das tarifas entre os Estados Unidos e a China como um fator crucial para essa mudança. Ele afirmou que a diminuição das tensões comerciais representa uma diminuição significativa para as ações emergentes.
Na semana passada, China e Estados Unidos concordaram em baixar temporariamente tarifas, o que impulsionou o iShares MSCI Emerging Markets ETF (EEM) em 3%, marcando sua quinta alta em seis semanas. O ETF acumula um aumento de 10,6% em 2025, superando o S&P 500, que teve um avanço de apenas 1,3%, e o Stoxx 600, que subiu 7,6%.
O desempenho do EEM neste ano é o melhor desde 2020, quando subiu 15,2%. O cenário atual contrasta com os últimos quatro anos, em que as ações emergentes enfrentaram dificuldades, especialmente devido à lenta recuperação econômica da China e às tarifas elevadas impostas durante a administração Trump. Matejka também mencionou que países como Índia e Brasil podem se destacar, com o ETF da Índia (INDA) subindo quase 4% e o da Brasil (EWZ) disparando 24%.
Investidores estão cada vez mais otimistas com os mercados emergentes. O Bank of America e a AQR Capital Management preveem que esses mercados podem oferecer retornos superiores aos dos Estados Unidos nos próximos anos. A AQR estima um retorno de quase 6% ao ano para ações emergentes, em comparação com 4% para ações americanas.
O fluxo de capital para ETFs de mercados emergentes também está aumentando, com US$ 1,84 bilhão investidos na semana encerrada em 9 de maio, mais do que o dobro da semana anterior. Apesar das incertezas, analistas acreditam que o enfraquecimento do dólar pode beneficiar ainda mais os mercados emergentes, que apresentam fundamentos sólidos e menor dívida externa em comparação com os Estados Unidos.
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