20 de mai 2025
Morgan Stanley eleva recomendação para ações brasileiras e vê potencial de crescimento
Morgan Stanley eleva recomendação para ações brasileiras, prevendo mudanças econômicas antes das eleições de 2024.
Estrategistas do banco acreditam que o cenário político começa a mostrar sinais de pressão sobre a plataforma pró-governo. (Foto: Bloomberg/Bing Guan)
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O Morgan Stanley elevou sua recomendação para ações brasileiras, passando a uma posição overweight (OW) em seu portfólio para a América Latina. O banco de investimento acredita que o Brasil está começando a apresentar condições semelhantes ao que analistas chamam de “comércio eleitoral andino”, que antecipa mudanças políticas em países como Chile, Colômbia e Peru.
A equipe do Morgan Stanley observa que a proximidade das eleições presidenciais, marcadas para daqui a dezoito meses, está gerando pressão sobre a plataforma do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A queda nos índices de aprovação do governo e a fragilidade do modelo fiscal expansionista podem criar um ambiente propício para uma transição econômica, que o mercado pode começar a precificar.
Os estrategistas Nikolaj Lippmann, Juan Ayala e Julia Leão destacam que a relação risco-retorno para o Brasil é favorável no curto e médio prazo. Eles apontam que setores com receita dolarizada, como energia, agronegócio e digitalização, devem se beneficiar. O relatório ressalta que o Brasil apresenta um mercado de capitais profundo e valuations ainda deprimidos, o que pode atrair investidores.
Perspectivas e Riscos
O Morgan Stanley também alerta que a participação das ações em fundos mútuos locais é historicamente baixa, com apenas 6% do total. Isso indica um espaço significativo para uma rotação para ações, caso as condições financeiras melhorem. Embora não prevejam uma transformação fiscal antes de 2027, a possibilidade de mudanças pode alterar a relação risco-retorno em favor das ações.
Em comparação com outros países da América Latina, o Morgan Stanley manteve uma posição neutra em relação ao México, citando riscos de curto prazo devido à desaceleração econômica. Para o Chile, a recomendação foi reduzida para underweight (UW), enquanto Colômbia e Peru também foram classificados como underweight, devido a fraquezas fiscais e incertezas no estímulo externo, especialmente da China.
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