Investidores veem queda no entusiasmo por inteligência artificial em meio a tarifas comerciais

A volatilidade do mercado, impulsionada por tarifas do governo dos EUA, tem impactado o otimismo dos investidores em relação à inteligência artificial (IA). Apenas três das ações do grupo Magnificent Seven, que inclui empresas com forte atuação em IA, apresentaram ganhos neste ano. A Nvidia, por exemplo, teve um leve aumento de 0,07% até agora.

Apesar da desconfiança dos investidores, as empresas continuam a investir em infraestrutura de IA. A Alphabet, controladora do Google, anunciou um novo serviço de assinatura de IA chamado "Google AI Ultra", que custará R$ 249,99 por mês. O serviço incluirá o aplicativo de IA Gemini e novas ferramentas de criação de conteúdo.

Elon Musk, CEO da Tesla, confirmou que a empresa lançará robotaxis em Austin até o final de junho. Musk também destacou a importância da IA para os planos da Tesla e mencionou que a empresa continuará a adquirir chips de gigantes como Nvidia e AMD. A rival Waymo, da Alphabet, já alcançou 10 milhões de viagens pagas com seu serviço de robotaxi.

Uma pesquisa do Silicon Valley Bank revelou que 40% dos investimentos de capital de risco nos EUA estão focados em IA. Esse número representa um aumento significativo em relação a anos anteriores. No entanto, a atividade de saídas no mercado permanece restrita, dificultando o crescimento de startups fora do setor de IA.

Josh Brown, CEO da Ritholtz Wealth Management, afirmou que a IA é o principal motor do mercado atualmente. Ele destacou que, nas últimas divulgações de resultados, o termo "IA" foi mencionado 2,6 vezes mais do que "tarifa". Brown acredita que a recuperação do mercado está diretamente ligada ao desempenho das empresas de tecnologia que investem em IA.