21 de mai 2025
Setor financeiro enfrenta aumento de riscos climáticos e inadimplência em 2024
Risco climático impacta 44% das instituições financeiras em 2024, revelando uma nova realidade de desafios e inadimplência no setor.
Prédios de escritórios na Avenida Faria Lima, sede de diferentes instituições financeiras nacionais (Foto: Eduardo Knapp)
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O risco climático se tornou uma realidade significativa para o setor financeiro brasileiro em 2024. Quase 44% das instituições financeiras relataram impactos diretos em suas operações, um aumento expressivo em relação aos 17% de 2023. A pesquisa do Banco Central revela que eventos climáticos, como enchentes no Rio Grande do Sul e secas no Sudeste, foram os principais responsáveis por essa mudança.
O diretor-executivo de Sustentabilidade da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Amaury Oliva, destaca que o risco ambiental se manifesta em diversas formas, incluindo inundações e incêndios. Ele alerta que essa situação pode agravar a abertura de negócios e a geração de empregos, além de aumentar a inadimplência entre os clientes. A seca, em particular, é uma preocupação central, pois afeta diretamente o agronegócio, setor com alta exposição ao crédito.
Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), informa que o setor paga entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões anualmente em indenizações de seguro rural. Ele observa que a frequência e a intensidade dos eventos climáticos estão aumentando, indicando uma nova realidade para o Brasil. A mensuração de riscos climáticos se torna, assim, uma tarefa desafiadora para as seguradoras.
Apesar do aumento nos impactos imediatos, o Banco Central aponta uma leve queda na preocupação com riscos climáticos a longo prazo. As instituições financeiras estão mais capacitadas para identificar e mitigar esses riscos, reavaliando a concentração de crédito em setores vulneráveis e realizando testes de estresse. Francisco Silveira, chefe adjunto do Departamento de Gestão Estratégica e Supervisão Especializada do BC, afirma que a abordagem prospectiva adotada pelas instituições ajuda a evitar problemas futuros.
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