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Volpon alerta sobre IOF em investimentos externos e riscos de controle econômico

Governo revoga tributação de 3,5% sobre investimentos no exterior após reações negativas do mercado, evitando crise de saída de capitais.

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O governo brasileiro anunciou uma tributação de 3,5% sobre investimentos no exterior, gerando forte reação negativa no mercado financeiro. A medida, divulgada na quinta-feira, 22, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi rapidamente revogada após as preocupações de investidores e analistas.

O economista Tony Volpon, professor-adjunto da Universidade Georgetown e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, alertou que a manutenção da tributação poderia resultar em um “desastre total” na abertura do mercado. Ele destacou que a medida seria interpretada como um sinal de controle de capitais, semelhante ao que ocorreu na Turquia e na Argentina.

Volpon criticou a falta de consulta ao Banco Central antes da decisão e enfatizou que a elevação do IOF para investimentos externos poderia levar a uma aceleração na saída de capitais do Brasil. Ele explicou que a taxação não apenas onera os investidores, mas também poderia gerar distorções no mercado, como a busca por operações de arbitragem e até a criação de um dólar paralelo.

Impactos no Mercado

O economista ressaltou que a tributação sobre a saída de capitais poderia abrir precedentes para aumentos futuros nas alíquotas, levando investidores a antecipar a retirada de recursos. Ele comparou a situação ao que ocorreu na Argentina, onde a imposição de taxas iniciais pequenas evoluiu para controles cambiais severos.

Além disso, Volpon criticou a proposta de impostos sobre operações de crédito para empresas, afirmando que isso aumentaria o custo do capital e poderia resultar em cortes de empregos. Ele também mencionou a taxação de gastos com cartões de crédito em compras internacionais como uma medida que afeta diretamente o consumidor brasileiro.

Por fim, a nova tributação sobre fundos de previdência privada, que se aplicaria a investimentos superiores a R$ 50 mil por mês, foi vista como uma tentativa de equiparar esses fundos aos fundos exclusivos, atingindo principalmente os brasileiros de alta renda.

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