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Governo é criticado por falta de debate nas medidas econômicas, afirma economista

Economista alerta que recuo do governo sobre IOF em fundos no exterior evita estresse no mercado, mas gera insegurança sobre futuras decisões.

Foto:Reprodução

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Na última sexta-feira, a economista Solange Srour avaliou positivamente o recuo do governo brasileiro na proposta de tributar aplicações em fundos de investimento no exterior com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ela, essa medida poderia ter causado um estresse significativo no mercado financeiro.

Srour, que é diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Global Wealth Management, destacou que o governo precisa melhorar o diálogo com especialistas antes de implementar mudanças. Ela afirmou que a credibilidade da equipe econômica foi "arranhada" pela falta de estudos adequados sobre o impacto das medidas propostas.

A economista ressaltou que a tentativa do governo de aumentar a arrecadação por meio de um imposto regulatório trouxe distorções ao mercado. "Matar uma indústria de fundos como a do Brasil acaba afetando não só os preços dos ativos, mas, em última instância, a economia," afirmou. O recuo, embora rápido, deixou a impressão de que as decisões não foram debatidas com pessoas que entendem o funcionamento do mercado financeiro.

Impactos no Mercado

Srour também mencionou que a proposta de aumento do IOF poderia ter gerado um mercado muito mais disfuncional e volátil. "Se não tivesse recuado, hoje poderíamos estar vendo um mercado muito mais estressado," disse. A economista acredita que a medida, embora tenha sido retirada, deixou um sentimento de insegurança sobre futuras ações do governo.

Ela apontou que o aumento do IOF encarece o custo de remeter dinheiro para o exterior, o que pode levar investidores a repensar suas decisões. O impacto no fluxo de câmbio, segundo ela, dependerá das expectativas dos investidores em relação a novas medidas e ao cenário econômico.

Por fim, Solange Srour enfatizou que o Brasil precisa enfrentar problemas estruturais, como a reforma das regras de gastos obrigatórios, para recuperar a credibilidade e evitar medidas impopulares no futuro.

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