Itaú BBA mantém recomendação de compra para ações da Copel e eleva preço-alvo

A Copel (CPLE6) teve suas ações valorizadas em 50% nos últimos doze meses, com um aumento de 8% apenas em maio. O Itaú BBA reiterou a recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 13,30 para R$ 13,60. Às 11h45, as ações estavam cotadas a R$ 12,79, com alta de 1,59%.

O banco destaca um perfil de risco-recompensa atrativo para a companhia elétrica, que apresenta uma taxa interna de retorno (TIR) de 10,3%. A Copel possui riscos de execução baixos, uma política de dividendos sólida e possíveis catalisadores de curto prazo, como a migração para o Novo Mercado e o próximo leilão de capacidade de reserva. O Itaú BBA projeta um dividend yield consistente de pelo menos um dígito alto nos próximos anos, com potencial para alcançar dois dígitos.

Expectativas de Dividendos

Em 9 de maio, a Copel anunciou uma nova política de dividendos, permitindo pagamentos recorrentes elevados. O banco prevê uma alavancagem de 2,8 vezes a dívida líquida sobre o EBITDA até o final de 2026, com espaço para dividendos extraordinários já em 2025. A recuperação nos preços de energia também foi considerada, com uma nova curva de preços futuros indicando alta no curto e médio prazo.

O Itaú BBA estima que a Copel ainda possui um volume significativo de energia não contratada para venda, mas tem firmado novos contratos com spreads atrativos. A previsão de preço de energia de longo prazo foi ajustada para R$ 160 por megawatt-hora, acima dos R$ 150 anteriores, com riscos de alta mais relevantes.

Migração para o Novo Mercado

A migração da Copel para o Novo Mercado deve ser discutida no segundo semestre de 2025, após a resolução de disputas com a Eletrobras. Analistas acreditam que a razão de troca entre ações preferenciais e ordinárias será entre 1:1 e 1,1:1. Atualmente, as ações preferenciais (CPLE6) têm um prêmio de 10% sobre as ordinárias e maior liquidez.