CrowdStrike enfrenta queda nas ações após previsão de receita abaixo do esperado

CrowdStrike, empresa de cibersegurança, reportou resultados financeiros mistos na última terça-feira, com um crescimento de 20% na receita, totalizando R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre fiscal de 2026. No entanto, a previsão de receita para o próximo trimestre ficou abaixo das expectativas do mercado, levando a uma queda de 7% nas ações da companhia.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou em entrevista que a empresa está confiante em suas finanças, mesmo diante de uma investigação governamental relacionada a um grande incidente de TI ocorrido em julho de 2024. Na ocasião, uma atualização de software defeituosa causou uma interrupção significativa em várias indústrias, mas a empresa manteve uma taxa de retenção de clientes de 97%. Kurtz destacou que a empresa cooperará com as autoridades e reafirmou a precisão dos registros contábeis.

A empresa também anunciou um plano de recompra de ações de US$ 1 bilhão. Apesar do crescimento na receita, a previsão de receita para o segundo trimestre fiscal é de R$ 1,14 a R$ 1,15 bilhão, abaixo da estimativa de R$ 1,16 bilhão feita por analistas. O CFO, Burt Podbere, mencionou que o programa de incentivos para clientes resultou em uma perda de R$ 11 milhões no último trimestre.

CrowdStrike registrou uma perda líquida de R$ 110,2 milhões, em comparação com um lucro de R$ 42,8 milhões no mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a empresa superou as expectativas de lucro ajustado, que foi de R$ 0,73 por ação, acima da previsão de R$ 0,65. A expectativa para o ano fiscal de 2026 é de um lucro ajustado entre R$ 3,44 e R$ 3,56 por ação.