13 de jun 2025

Taxas dos DIs mantêm estabilidade com a queda do dólar frente ao real
Tensões no Oriente Médio elevam preços do petróleo e impactam mercados; Brasil aguarda decisões fiscais e possíveis mudanças na Selic.
Foto: Reprodução
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Após uma manhã de ganhos, as taxas dos DIs no Brasil fecharam a sexta-feira próximas da estabilidade, influenciadas pela volatilidade do dólar e pelos rendimentos dos Treasuries. A taxa do DI para janeiro de 2026 terminou em 14,845%, ligeiramente abaixo do ajuste anterior de 14,861%. Para janeiro de 2027, a taxa foi de 14,18%, em comparação a 14,216% da sessão anterior.
Os mercados globais reagiram ao ataque de Israel ao Irã, que visou instalações nucleares e militares. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra Israel, intensificando as tensões na região. O petróleo, como resultado, viu um aumento de quase 9% pela manhã, gerando preocupações sobre a segurança do Estreito de Ormuz, uma rota crucial para o transporte da commodity.
Impacto no Mercado Financeiro
Os rendimentos dos Treasuries também subiram, com investidores avaliando os efeitos da alta do petróleo sobre a inflação nos Estados Unidos. No Brasil, a alta dos Treasuries e do petróleo inicialmente impulsionou as taxas dos DIs, com a taxa para janeiro de 2027 atingindo 14,295%. Contudo, a perda de força do dólar ante o real, com alguns investidores vendendo moeda antes do fim de semana, acabou por limitar os ganhos.
Internamente, as discussões sobre as medidas fiscais do governo Lula, que buscavam reduzir despesas, ficaram em segundo plano. O Ministério da Fazenda anunciou que as novas medidas podem gerar uma economia de R$4,3 bilhões em 2025 e R$10,7 bilhões em 2026. Além disso, a reforma tributária proposta visa aumentar a arrecadação em R$10,5 bilhões em 2025 e R$20,9 bilhões em 2026.
Expectativas para a Selic
Na quinta-feira, as expectativas para a Selic mostravam 62,50% de chances de alta de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom, enquanto 36,00% apostavam na manutenção da taxa, atualmente em 14,75% ao ano. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda também divulgou que os 0,01% mais ricos do Brasil pagam uma alíquota média de 5,67% de Imposto de Renda, inferior à de contribuintes com rendas menores.
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