16 de jun 2025


IGP-10 registra deflação de 0,97% em junho com queda nas matérias-primas brutas
IGP 10 cai 0,97% em junho, puxado pela queda do milho; IPC desacelera e INCC 10 avança, mas inflação pode ser impactada por fatores externos.
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O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou uma queda de 0,97% em junho, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (16). Essa retração foi impulsionada pela diminuição nos preços de matérias-primas brutas, especialmente o milho. Analistas esperavam uma baixa de 1,06% após uma variação negativa de 0,01% em maio. Em termos anuais, o IGP-10 apresenta alta de 5,62%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que compõe 60% do IGP-10, caiu 1,54% em junho, após uma queda de 0,17% no mês anterior. Matheus Dias, economista do FGV IBRE, destacou que o aumento das colheitas e a boa safra resultaram em uma forte redução nos preços do milho, que caiu 16,21%. Outros itens que contribuíram para a queda no IPA foram bovinos (-4,50%), café em grão (-5,79%) e farelo de soja (-8,35%).
Desaceleração do IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10, teve uma alta de 0,28%, desacelerando em relação ao aumento de 0,42% em maio. A desaceleração foi influenciada pela diminuição nos preços de alimentos, como tomate e ovos, que caíram 8,25% e 6,87%, respectivamente. O grupo alimentação no varejo também apresentou uma desaceleração, passando de 0,53% para 0,11%.
Além disso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,87% em junho, após um avanço de 0,43% em maio. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo grupo de mão de obra, que teve uma alta significativa, passando de 0,51% para 2,38%.
Perspectivas Futuras
Embora o IGP-10 tenha mostrado uma queda, fatores sazonais e externos podem impactar a inflação nos próximos meses. A expectativa é que as passagens aéreas, que contribuíram para a queda do IPC, possam aumentar em julho devido à alta demanda. Além disso, a possibilidade de elevação no preço do barril de petróleo pode afetar diversos setores, como energia e transporte, alterando a trajetória da inflação.
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