23 de jun 2025

Ações de defesa enfrentam queda enquanto fabricantes de portas e janelas prosperam
O mercado israelense surpreende com alta em ações de reconstrução, enquanto fabricantes de armamentos enfrentam estagnação.

A guerra tem feito preço sim no mercado - mas pelo viés da reconstrução, não da destruição (Foto: JACK GUEZ / AFP/AFP)
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Os preços do petróleo caem significativamente nesta segunda-feira, 23 de outubro, mesmo com o Irã ameaçando bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota crucial para a produção global de petróleo. Desde o ataque israelense ao Irã em 13 de junho, o mercado financeiro tem se comportado de maneira surpreendente, sem as reações esperadas em um cenário de conflito.
O índice Tel Aviv 125, que representa as ações em Israel, subiu 6,47% desde o início dos bombardeios. Fabricantes de armamentos, que normalmente se beneficiariam em tempos de guerra, não apresentaram a valorização esperada. A RTX Corp, que fornece munição para a força aérea israelense, viu suas ações subirem apenas 4% desde o início do conflito, com oscilações recentes levando a uma queda em seus ganhos.
Resiliência do Mercado
A entrada dos Estados Unidos no conflito também não impactou significativamente as ações da Lockheed Martin, que fabrica jatos F-35. Nos últimos dias, suas ações oscilaram entre ganhos e perdas, sem uma tendência clara. Em contraste, empresas ligadas à reconstrução têm se destacado. Shay Shvartz, analista da Bridgewise, observou que a destruição visível em Israel gerou otimismo entre investidores sobre a recuperação.
Empresas como a Klil, que produz sistemas de alumínio, tiveram um aumento de 36% em suas ações desde o início dos bombardeios. A Rav-Bariach, que fornece insumos para construção, também viu suas ações subirem 20%. A Inrom, que atua no mesmo setor, registrou um aumento similar, mesmo após danos em uma de suas fábricas.
Confiança no Mercado
A situação atual reflete uma confiança inesperada no mercado de capitais israelense. Shvartz destacou que, em um cenário anterior, a Bolsa de Valores de Tel Aviv provavelmente não teria aberto suas portas após o início de um conflito com o Irã. O comportamento atual dos investidores sugere uma crença na capacidade de reconstrução do país, mesmo em meio à adversidade.
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