Mercados perdem força após acusações de Israel sobre violação de cessar-fogo pelo Irã

Os mercados internacionais enfrentaram volatilidade nesta terça-feira, 24, após Israel prometer retaliar um ataque de mísseis do Irã, horas após o anúncio de um cessar-fogo entre os dois países. O petróleo Brent, que havia recuado até 5,6%, agora é negociado próximo de US$ 70 o barril, após ter alcançado quase US$ 80 nas semanas anteriores. Os futuros do S&P 500, que subiram 1% mais cedo, apresentaram oscilações, com alta de 0,7%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a trégua estava em vigor, pedindo que não fosse violada. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a aceitação do cessar-fogo, enquanto o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que o país interromperia os ataques, desde que Israel fizesse o mesmo. No entanto, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que ordenou ataques contra Teerã após alegações de que o Irã havia disparado mísseis contra Israel.

Reações do Mercado

A escalada das tensões gerou incertezas nos mercados financeiros. Antes das acusações de Israel, os mercados asiáticos fecharam em alta, com o Nikkei 225 subindo 1,17% e o Kospi da Coreia do Sul disparando 2,71%. Na Europa, o sentimento de alívio com a trégua impulsionou o índice Stoxx 600, que registrou alta de 1,2%.

Os setores de lazer e turismo se destacaram, com ações da EasyJet subindo 6,5% e da InterContinental Hotels 3,3%. Em contrapartida, empresas do setor de defesa, como Hensoldt e Rheinmetall, enfrentaram perdas significativas. Nos Estados Unidos, os contratos futuros também mostraram tendência de alta, com o Dow Jones subindo 0,7% e o Nasdaq 100 1,08%.

A situação no Oriente Médio continua a ser um fator crucial para a avaliação de riscos no mercado, especialmente em relação ao preço do petróleo, que é considerado um barômetro importante para medir as tensões entre Israel e Irã. As reações de líderes e analistas financeiros estão sendo monitoradas de perto, enquanto o mundo observa a evolução desse conflito e suas implicações econômicas.