Economia

Petroleiras enfrentam queda na B3 apesar da alta do petróleo no mercado internacional

Petróleo Brent sobe após trégua entre Israel e Irã, mas ações de petroleiras brasileiras continuam em baixa devido à cautela do mercado.

A alta do petróleo está ligada à percepção de que o pior cenário — como o fechamento do Estreito de Ormuz — foi evitado (Foto: ABPIP/Divulgação)

A alta do petróleo está ligada à percepção de que o pior cenário — como o fechamento do Estreito de Ormuz — foi evitado (Foto: ABPIP/Divulgação)

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Na tarde desta quarta-feira, 25, o preço do petróleo Brent registrou uma alta de 1,86%, interrompendo uma sequência de quedas. O avanço ocorreu após uma trégua entre Israel e Irã, que trouxe alívio aos investidores, reduzindo os temores de uma escalada militar na região. Apesar disso, as ações das petroleiras brasileiras não reagiram positivamente, refletindo a cautela do mercado.

Os papéis da Brava Energia (BRAV3) caíam 2,00%, enquanto os da Prio (PRIO3) e da Petrorecôncavo (RECV3) recuavam 1,15% e 1,50%, respectivamente. A Petrobras (PETR4) apresentou uma leve alta de 0,38%, recuperando-se das perdas do dia anterior. A incerteza persiste, especialmente em relação ao impacto dos ataques israelenses às instalações nucleares do Irã, que, segundo um relatório dos Estados Unidos, atrasaram o programa nuclear iraniano apenas por alguns meses.

Cautela no Mercado

Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), destacou que a alta do petróleo está ligada à percepção de que o pior cenário, como o fechamento do Estreito de Ormuz, foi evitado. No entanto, a falta de convicção sobre a resolução da tensão geopolítica ainda pesa sobre o mercado. A disparidade entre a valorização da commodity e a queda nas ações das petroleiras deve-se à recente correção nos preços do petróleo, que caíram de US$ 78 para US$ 66 em poucos dias.

Rodrigues também ressaltou que o impacto da alta do petróleo nas ações não é imediato, uma vez que as empresas do setor operam com horizontes de investimento mais longos e necessitam de previsibilidade em um ambiente volátil. Além disso, o alívio geopolítico reacendeu preocupações sobre o crescimento econômico global e a possibilidade de aumento da oferta de petróleo pela OPEP, o que pode limitar novas altas no médio prazo.

Estoques em Queda

Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo caíram 4,28 milhões de barris na última semana, superando a expectativa de 600 mil barris. Este foi o quarto recuo semanal consecutivo, reforçando a percepção de um mercado mais apertado. Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, afirmou que a combinação entre estoques em queda e risco geopolítico latente sustenta a recuperação gradual do petróleo.

Apesar da valorização pontual da commodity, o mercado de ações permanece reticente. Para que as petroleiras voltem a ganhar tração, será necessário um cenário mais claro, tanto no contexto externo quanto na política de produção global.

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