08 de jul 2025
FIDCs registram captação líquida recorde no 1º semestre de 2025, atrás apenas da renda fixa
FIDCs alcançam R$ 687,39 bilhões em patrimônio líquido e atraem R$ 59,4 bilhões em captação, destacando se em um mercado desafiador.

FIDCs: crédito privado segue sendo destaque no primeiro semestre de 2025 (Foto: EXAME/Canva)
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Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão em alta em 2025, acumulando R$ 687,39 bilhões em patrimônio líquido e atraindo R$ 59,4 bilhões em captação líquida. Esse crescimento ocorre em um cenário onde a classe total de fundos enfrenta uma captação líquida negativa de R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre.
De acordo com Pedro Rudge, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a combinação de taxas de juros elevadas e a ampliação da oferta de produtos pelos gestores são fatores cruciais para o desempenho dos FIDCs. Ele destaca que a resolução da CVM 175 facilitou o acesso do investidor médio, permitindo que mais pessoas possam investir nesse tipo de fundo.
Crescimento e Adaptação
Até junho de 2025, 24 mil fundos já se adequaram às novas regras da CVM, representando 82% da indústria. Em junho, os FIDCs registraram uma captação líquida de R$ 22,45 bilhões. Apesar de alguns fundos de crédito privado terem enfrentado resgates líquidos de R$ 12,6 bilhões entre janeiro e maio, a classe continua a crescer, com um aumento de 39% no número de fundos em comparação ao ano anterior.
Os FIDCs têm se tornado uma alternativa viável para o financiamento de empresas, especialmente em setores como comércio e indústria. Em dezembro de 2024, R$ 179,7 bilhões foram destinados ao financiamento de instituições financeiras, enquanto R$ 125,1 bilhões foram alocados ao comércio.
Impacto na Economia
Os fundos estruturados, como os FIDCs, desempenham um papel vital na canalização de recursos para a economia real, impactando diretamente a produção, a renda e a geração de empregos. Julya Wellisch, diretora da Anbima, ressalta que esses fundos não são voltados apenas para grandes empresas, mas também para pequenas e médias, tornando-se um motor importante para o crescimento econômico do país.
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