10 de jul 2025
Startups apostam no Reino Unido, mas mercado de IPOs decepciona
Mercado de capitais do Reino Unido enfrenta crise com apenas cinco IPOs em Londres no primeiro semestre de 2025, levantando £160 milhões.

O roundabout Old Street de Londres, lar de muitas empresas de tecnologia e às vezes chamado de "Silicon Roundabout." (Foto: Chris Ratcliffe | Bloomberg | Getty Images)
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O mercado de capitais do Reino Unido enfrenta um momento crítico. No primeiro semestre de 2025, apenas cinco empresas realizaram IPO em Londres, levantando £160 milhões, o menor valor desde 1995. Apesar disso, as startups britânicas arrecadaram US$ 8 bilhões, superando França e Alemanha juntas, consolidando o Reino Unido como o principal destino europeu para capital de risco.
A CEO da London Stock Exchange (LSE), Julia Hoggett, e a Confederation of British Industry (CBI) pedem reformas urgentes para revitalizar o mercado. Hoggett destacou que a narrativa de risco tem predominado, em vez de enfatizar as oportunidades de investimento. Ela afirmou que o governo deve adotar uma mentalidade de investimento, pois a proteção excessiva dos investidores tem limitado o potencial de retorno.
Além disso, a saída de empresas como a Wise, que transferiu sua listagem principal para os EUA, e a possibilidade de AstraZeneca seguir o mesmo caminho, evidenciam os desafios enfrentados pela LSE. Peter Specht, da Creandum, enfatizou a necessidade de um diálogo mais robusto entre líderes do setor tecnológico e reguladores para tornar o ambiente de IPO mais atraente.
Perspectivas Futuras
Apesar do cenário desanimador, Hoggett acredita que o pipeline de listagens está crescendo. A gigante norueguesa de software Visma planeja um IPO em Londres no próximo ano. No entanto, a incerteza persiste, e muitos fundadores devem avaliar cuidadosamente onde seus interesses serão melhor atendidos ao se tornarem empresas públicas.
A CBI também sugere políticas para melhorar a liquidez e a competitividade do mercado, além de fortalecer o pipeline de IPOs. Enquanto isso, a pressão sobre o governo para abordar questões como a tributação de empresas em crescimento e o acesso ao capital para fintechs continua a aumentar.
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