16 de jan 2025
Cosan vende participação de 4% na Vale por R$ 9 bilhões para reduzir dívida
A Cosan vendeu 4,05% da Vale por cerca de R$ 9 bilhões para reduzir dívidas. A venda visa diminuir a alavancagem da Cosan em 40%, para R$ 14 bilhões. Rubens Ometto destacou a necessidade de disciplina financeira em taxas altas. A operação pode beneficiar o VPL da Cosan, segundo análises do Bradesco BBI. A decisão marca uma mudança estratégica sob a nova gestão de Marcelo Martins.
Cosan (Foto: Reprodução/RI Cosan)
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A Cosan (CSAN3) anunciou nesta quinta-feira (16) a venda de sua participação na Vale (VALE3), em uma transação estimada em R$ 9 bilhões. O leilão, realizado na B3, envolveu 173.073.795 ações, representando cerca de 4,05% do capital votante da mineradora. A operação foi motivada pela necessidade de reduzir a alavancagem da Cosan, que enfrenta desafios devido às altas taxas de juros no Brasil. O preço de venda foi de R$ 52,60 por ação, um desconto de 0,59% em relação ao fechamento anterior.
O presidente do Conselho da Cosan, Rubens Ometto, destacou que a decisão foi tomada em função da disciplina financeira necessária para o crescimento da empresa. Ele reconheceu a qualidade da Vale, mas enfatizou que o atual cenário econômico exigia uma reavaliação da estrutura de capital da Cosan. A venda deve resultar em uma redução de 40% da dívida da holding, que passará a ser de R$ 14 bilhões.
Analistas do Bradesco BBI e do Goldman Sachs consideram que a venda pode ser positiva para o Valor Presente Líquido (VPL) da Cosan, ajudando a diminuir as despesas com juros. O Goldman Sachs, que mantém uma recomendação neutra para CSAN3, acredita que a operação pode ser bem recebida pelo mercado, embora não represente uma surpresa total para os investidores.
A Cosan havia adquirido sua participação na Vale em outubro de 2022, em um momento em que as ações da mineradora estavam avaliadas em mais de R$ 60. Desde então, a empresa enfrentou uma desvalorização significativa, com as ações da Vale caindo 35% nos últimos doze meses. A venda marca uma mudança estratégica sob a nova gestão de Marcelo Martins, que assumiu como CEO em meio a um contexto de reestruturação e foco na redução da alavancagem.
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