16 de jan 2025
Richemont registra crescimento de 10% nas vendas, impulsionado por demanda nas Américas e Europa
A Richemont, dona de Cartier e Montblanc, teve vendas de 6,2 bilhões de euros. O crescimento de 10% no terceiro trimestre superou expectativas de analistas. Apesar da queda de 7% na Ásia Pacífico, vendas na Europa e Américas foram fortes. A alta nas vendas elevou ações da Richemont em até 18%, impulsionando o setor. O desempenho sugere recuperação na demanda por artigos de luxo, apesar da China.
"Compradores passam por uma loja de luxo Cartier, operada pela Cie. Financiere Richemont SA, na loja de departamentos de luxo Galeries Lafayette SA em Paris, França. (Foto: Bloomberg/Getty Images)"
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A Richemont, proprietária de marcas como Cartier e Montblanc, reportou um aumento de 10% nas vendas no terceiro trimestre fiscal, alcançando 6,2 bilhões de euros (aproximadamente 6,38 bilhões de dólares). Este resultado, considerado o mais alto já registrado pela empresa em um trimestre, superou as expectativas de analistas, que previam um crescimento de apenas 1%. O desempenho foi impulsionado principalmente pelas vendas nas Américas e na Europa, apesar de uma queda de 7% na região Ásia-Pacífico, com a China apresentando uma redução de 18% nas vendas.
Os resultados positivos elevaram as ações da Richemont em até 18%, refletindo um otimismo renovado no setor de luxo, que tem enfrentado desafios devido à demanda mais fraca e ao aumento de preços. Piral Dadhania, analista da RBC Capital Markets, classificou os resultados como "excepcionalmente fortes". A demanda por joias de alto valor ajudou a compensar as vendas mais fracas de relógios, que impactaram negativamente os lucros do grupo.
Embora a Richemont tenha se beneficiado de sua maior exposição ao segmento de joias, que tende a ser mais resistente em tempos de incerteza econômica, o mercado de relógios também apresentou resultados melhores do que o esperado. Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, observou que, apesar da fragilidade, o mercado na China mostra sinais de estabilização. O último trimestre do ano é crucial para as marcas de luxo, e o aumento nos gastos de turistas americanos e do Oriente Médio contribuiu para um crescimento de 19% nas vendas na Europa.
Além disso, outras marcas de luxo, como LVMH e Kering, também viram suas ações subirem em resposta aos resultados da Richemont, indicando uma possível recuperação no setor. A LVMH, que divulgará seus lucros em 28 de janeiro, está mais focada no segmento de "luxo suave", que inclui bolsas e moda, enquanto a Richemont se destaca no hard luxury, que abrange joias atemporais.
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